quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Ano velho
Em 2009 eu morri. Perdi o maior título de todos.
Caí na rotina de ser forte de dia e fraca à noite.
Assim, quando ninguém tava vendo.
Resolvi que assim não pode
e fui ser fraca de dia, pra viver direito.
Desconstruí.
Quando era hora de andar de novo,
ralei o joelho, e doeu mais do que devia.
No escuro, resolvi eu mesma me dar meus títulos.
Cuido de mim como se fosse de amigo
Me faço companhia e rio das minhas próprias piadas.
Pra quem me ralou o joelho, abraço.
Pra quem me enxergou, amor demais.
E agora vou.
Bailando, bailando.
E dizendo por aí que esse foi um ano feliz.
Caí na rotina de ser forte de dia e fraca à noite.
Assim, quando ninguém tava vendo.
Resolvi que assim não pode
e fui ser fraca de dia, pra viver direito.
Desconstruí.
Quando era hora de andar de novo,
ralei o joelho, e doeu mais do que devia.
No escuro, resolvi eu mesma me dar meus títulos.
Cuido de mim como se fosse de amigo
Me faço companhia e rio das minhas próprias piadas.
Pra quem me ralou o joelho, abraço.
Pra quem me enxergou, amor demais.
E agora vou.
Bailando, bailando.
E dizendo por aí que esse foi um ano feliz.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Pra ouvir música melhor
Às vezes, é melhor enfrentar a chuva,
Largar as meias com havaianas
E sair meio de branco,
Molhada e despenteada.
Largar as meias com havaianas
E sair meio de branco,
Molhada e despenteada.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
E pra descansar?
Eu viro vestido de moça,
Largado na cadeira antiga de estofado mostarda.
Caído, sem querer, entre o braço e o assento.
Assim, como quem não quer nada.
Largado na cadeira antiga de estofado mostarda.
Caído, sem querer, entre o braço e o assento.
Assim, como quem não quer nada.
domingo, 27 de dezembro de 2009
Às vezes, tenho dias inteiros
Cozinhei com amor e temperinhos, dei e ganhei abraço e presente, dancei com elas, liguei pra eles, acordei sem despertador, ouvi as prediletas, dirigi em estrada bonita, conheci amigos de amigos, brinquei de mímica, passeei em cidade do interior de Minas, almocei lasanha, bati papo na escada com o pai deles, falei do Lula e de coindicências, curti preguiça, corri do cachorro, soltei o cabelo pro vento pentear.
Esses dias, não me faltou nada,
Nem o cafuné no cabelo.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Sobre aprender a jogar
Uma dia eu estava saindo do elevador e me vira o sujeito, assustadíssimo:
- Nossa! Mas você sempre foi zolhuda assim mesmo?
(...)
E foi assim que eu me fiz bola de gude.
Gosto.
- Nossa! Mas você sempre foi zolhuda assim mesmo?
(...)
E foi assim que eu me fiz bola de gude.
Gosto.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
As manhãs das minhas férias
Suco de maracujá,
Biquíni, cadeira de morro e grama,
Óculos escuros roubados, vento nas costas,
Chico e Caê.
Fala sério, só faltou um cafuné no cabelo.
Aaaaah, o verão!
Biquíni, cadeira de morro e grama,
Óculos escuros roubados, vento nas costas,
Chico e Caê.
Fala sério, só faltou um cafuné no cabelo.
Aaaaah, o verão!
O que você acha de Yollanda?
- Como?
- Do nome, Yollanda.
- Ah, gosto. Acho muito forte, mas gosto. Imagino uma mulher cheínha, estilo espanhola, com os cabelos negros, cozinhando.
- Não! Ela é normal. Dos cabelos negros, mas é jovem e magra.
- Ela tem uma livraria.
- E é lésbica!
- Não! Ela fica sentada no fundo da livraria, onde lê livros pscicoticamente. E todos que passam por ela se apaixonam. Mas ela não faz por querer.
- E o que que tem ela ser lésbica?
- Porque eu tô torcendo pro mocinho.
- Que mocinho?
- O mocinho do filme. Do nosso filme chamado "Yollanda".
- Ah. Tá.
- Do nome, Yollanda.
- Ah, gosto. Acho muito forte, mas gosto. Imagino uma mulher cheínha, estilo espanhola, com os cabelos negros, cozinhando.
- Não! Ela é normal. Dos cabelos negros, mas é jovem e magra.
- Ela tem uma livraria.
- E é lésbica!
- Não! Ela fica sentada no fundo da livraria, onde lê livros pscicoticamente. E todos que passam por ela se apaixonam. Mas ela não faz por querer.
- E o que que tem ela ser lésbica?
- Porque eu tô torcendo pro mocinho.
- Que mocinho?
- O mocinho do filme. Do nosso filme chamado "Yollanda".
- Ah. Tá.
É assim que se alinhava.
domingo, 20 de dezembro de 2009
A mais bonita
Toda ela, bela
No vestido uva tão bem acomodado no corpo de lança
Que combinava com o sorriso que dava laço.
Laçou todo mundo.
Braços abertos pra não perder nada.
Nem um segundinho.
Subiu no palco pra gente ver.
Aí, todo mundo viu.
Alegria é a coisa mais bonita que existe.
No vestido uva tão bem acomodado no corpo de lança
Que combinava com o sorriso que dava laço.
Laçou todo mundo.
Braços abertos pra não perder nada.
Nem um segundinho.
Subiu no palco pra gente ver.
Aí, todo mundo viu.
Alegria é a coisa mais bonita que existe.
Parabéns, minha enfermeira.
Você é tudo de bom!
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Sobre ela.
Na última aula, eu dei pra ela um lápis com uma borracha de flor na ponta, porque ela faz coleção.
Um CD com as músicas que eu tinha mostrado pra ela durante o semestre, pra ela ouvir e se lembrar de mim.
E um cordão pra virar cordão da sorte. Eu tenho um, e acho bastante útil.
Ela, que é tímida de morrer, ficou sem graça e já ia embora.
Eu pedi um abraço. Afinal de contas, não vou vê-la por um ano.
Ela me deu o abraço mais longo e um dos mais sentidos que eu já recebi na vida.
Eu sou colecionadora de alunos estrela.
Sempre me lembro dela quando ouço aquelas músicas.
E sorte foi a minha, por ter ensinado aprendendo.
Um CD com as músicas que eu tinha mostrado pra ela durante o semestre, pra ela ouvir e se lembrar de mim.
E um cordão pra virar cordão da sorte. Eu tenho um, e acho bastante útil.
Ela, que é tímida de morrer, ficou sem graça e já ia embora.
Eu pedi um abraço. Afinal de contas, não vou vê-la por um ano.
Ela me deu o abraço mais longo e um dos mais sentidos que eu já recebi na vida.
Eu sou colecionadora de alunos estrela.
Sempre me lembro dela quando ouço aquelas músicas.
E sorte foi a minha, por ter ensinado aprendendo.
Xuxú, você é a coisa mais linda desse mundo!
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Feriado de chuva
Meu irmão mais velho, minha anja e eu assistindo um filme sobre um cara que não conseguia fazer amigos. Ele não sabia o que isso significava.
A gente sabe.
Ô!!
A gente sabe.
Ô!!
sábado, 5 de dezembro de 2009
The bodyguard
Esses dias, lá pelas tantas, ele me deu um abraço e disse o seguinte:
"Linda, nunca se deixe perder. Eu te acho um mulherão. Seja.
E não deixe ninguém te convencer do contrário.
Isso ia me matar de raiva."
Só consegui ficar vermelha e agradecer ao moço bonito.
Não tinha nada pra responder.
"Linda, nunca se deixe perder. Eu te acho um mulherão. Seja.
E não deixe ninguém te convencer do contrário.
Isso ia me matar de raiva."
Só consegui ficar vermelha e agradecer ao moço bonito.
Não tinha nada pra responder.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Ladrão que rouba ladrão
Às vezes, me deixo roubar pelos outros.
Vou levinha pela mão.
Quando fica esquisito, me tomo de volta.
Sou minha, de novo.
Refém das minha próprias insanidades.
Essas me roubam sempre.
Quando querem.
Vou levinha pela mão.
Quando fica esquisito, me tomo de volta.
Sou minha, de novo.
Refém das minha próprias insanidades.
Essas me roubam sempre.
Quando querem.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Ao meu gordinho
Fica a lembrança da pelúcia branca com cheiro de limpinho às sextas feiras, das lambidas surpresa na canela, do colo que ele pedia sempre. Da companhia de casa ao portão, do portão até em casa. Do latido rouco e cansado.
Ficam as marcas de pata na janela, a caminha vazia e a tigela torta de ração.
Fica o amor todo que ele deixou pra trás. E uma saudade que corta.
Foi pro céu dos cachorros, onde ele é rei por ser o melhor e o mais carinhoso deles todos.
Ficam as marcas de pata na janela, a caminha vazia e a tigela torta de ração.
Fica o amor todo que ele deixou pra trás. E uma saudade que corta.
Foi pro céu dos cachorros, onde ele é rei por ser o melhor e o mais carinhoso deles todos.
Só quem tem bicho entende.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Músicas novas...
If I told you things I did before
Told you how I used to be
Would you go along with someone like me?
If you knew my story word for word
Had all of my history
Would you go along with someone like me?
Told you how I used to be
Would you go along with someone like me?
If you knew my story word for word
Had all of my history
Would you go along with someone like me?
Gosto dessa música.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Momentos Bridget Jones
Todas temos.
Hora de escolher vodka and Chaka Kan!!!
No mais, é só comprar um vestido vermelho, já disse a outra, e esperar o prato esfriar.
E malhar, claro! Desumanamente.
Hora de escolher vodka and Chaka Kan!!!
No mais, é só comprar um vestido vermelho, já disse a outra, e esperar o prato esfriar.
E malhar, claro! Desumanamente.
Fui correr. Volto às 11 e meia.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
A mais pedida
Num dia desses, um desses azul marinho, quando a gente quer virar lagarta e fazer escuro pra não pensar, ele:
- Lembra da sua música? "Princesa, suspresa, você me arrasou. Serpente, nem sente que me envenenou...". Lembra, Prince? Você foi a coisa mais linda que eu já vi na minha vida inteira!!
Eu, sorriso cansado, olhos de gigante às vezes tão pequenos:
- Claro. É, pra mim, uma das músicas mais lindas do mundo.
- Lembra da sua música? "Princesa, suspresa, você me arrasou. Serpente, nem sente que me envenenou...". Lembra, Prince? Você foi a coisa mais linda que eu já vi na minha vida inteira!!
Eu, sorriso cansado, olhos de gigante às vezes tão pequenos:
- Claro. É, pra mim, uma das músicas mais lindas do mundo.
Música de amor de pai. QUER MELHOR??
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Sobre reconhecer
Aí, me disseram que sou brava.
Procurava não ser, sabe.
Queria ser mais suave, menos... ofensiva.
Descobri que pior é ser omissa ou deixar conversa com alinhavo mal feito.
Meu silêncio é ofensivo pra mim mesma e, como eu tô querendo me amar mais, prefiro recorrer ao falatório. Desembestada (já diria o outro).
Então, reconheço.
Mas sou brava porque sou brava.
Me defendo e defendo os meus (tudo).
"Tudo que eu te peço
É por tudo que fiz e sei que mereço
Posso, e te confesso
Você não sabe da missa um terço".
Procurava não ser, sabe.
Queria ser mais suave, menos... ofensiva.
Descobri que pior é ser omissa ou deixar conversa com alinhavo mal feito.
Meu silêncio é ofensivo pra mim mesma e, como eu tô querendo me amar mais, prefiro recorrer ao falatório. Desembestada (já diria o outro).
Então, reconheço.
Mas sou brava porque sou brava.
Me defendo e defendo os meus (tudo).
"Tudo que eu te peço
É por tudo que fiz e sei que mereço
Posso, e te confesso
Você não sabe da missa um terço".
Tô bem fã do Lenine esses dias...
terça-feira, 17 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Pra ela. Pra sempre.
Toda ela, bela.
Tudo nela chama.
FELIZ ANIVERSÁRIO, minha irmã!
Te amo loucamente!
Tudo nela chama.
FELIZ ANIVERSÁRIO, minha irmã!
Te amo loucamente!
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Pra hoje.
Um dia, na época em que eu ralei o joelho, eu disse pra ele que eu sempre ficaria pertinho.
Cumpro a promessa 'por honra e gosto'. Porque me faz bem e porque me diverte.
E hoje, mesmo sem ele gostar nem querer, eu vou dar um abraço apertado muito bem dado e uns 218 beijinhos estalados naquela bochecha que pinica. Vou falar que gosto muito e que, apesar das minhas previsões sobre o futuro da nossa amizade, ele vai estar sempre nos meus pensamentos mais doces e nas minhas orações, no dia em que eu aprender a rezar.
FELIZ ANIVERSÁRIO!
Você tá velho pra c***!!!
Cumpro a promessa 'por honra e gosto'. Porque me faz bem e porque me diverte.
E hoje, mesmo sem ele gostar nem querer, eu vou dar um abraço apertado muito bem dado e uns 218 beijinhos estalados naquela bochecha que pinica. Vou falar que gosto muito e que, apesar das minhas previsões sobre o futuro da nossa amizade, ele vai estar sempre nos meus pensamentos mais doces e nas minhas orações, no dia em que eu aprender a rezar.
FELIZ ANIVERSÁRIO!
Você tá velho pra c***!!!
domingo, 8 de novembro de 2009
Todo mundo espera alguma coisa...
Todo mundo tinha saído. Até meus pais estavam de faniquito.
Liguei minha música predileta do dia. Comi no sofá ao lado do som, pra curtir muito as duas coisas.
Tomei um banho longo. Passei todos os cremes que eu comprei em momentos de peruagem e nunca mais me lembrei deles. Nem sabia que eu tinha um creme para as unhas...
Escovei meu cabelo 100 vezes. Depois passei o negócio que a cabelereira manda passar todo dia (é bem capaz...).
Arrumei a cama como se ela fosse o melhor lugar do mundo. Escolhi o pijama como quem vai prum baile.
Fui dormir às 9 e meia da noite.
Sábado à noite tudo pode mudar, já dizia o outro.
Liguei minha música predileta do dia. Comi no sofá ao lado do som, pra curtir muito as duas coisas.
Tomei um banho longo. Passei todos os cremes que eu comprei em momentos de peruagem e nunca mais me lembrei deles. Nem sabia que eu tinha um creme para as unhas...
Escovei meu cabelo 100 vezes. Depois passei o negócio que a cabelereira manda passar todo dia (é bem capaz...).
Arrumei a cama como se ela fosse o melhor lugar do mundo. Escolhi o pijama como quem vai prum baile.
Fui dormir às 9 e meia da noite.
Sábado à noite tudo pode mudar, já dizia o outro.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Sobre eles.
Um dia, um aluno me disse que eu parecia uma pessoa sem sonhos. Me achei uma fracassada das piores. Viver sem sonhos é realmente o pior jeito possível.
Aí, um dia, conversando com minha guru dos olhos de esmeralda, me lembrei de vários.
Não sou uma fracassada. Só tenho metas desordenadas.
Quero:
1) Morar em Nova Lima. Numa casa pequena com janelas gigantes, em um lote grande, cheio de cachorros (evidentemente).
2) Ter um New Betle amarelo com teto solar e bancos de couro. E uma gérbera perto do painel, igual à propaganda.
3) Fazer mestrado em Desenvolvimento Econômico na Unicamp, e desenvolver um método de pesquisa capaz de avaliar a associação entre cultura, espaço e meio ambiente de forma prática, pra formular políticas ou intervenções.
4) Morar fora mais uma vez. Num país que ainda nao sei, mas num apartamento pequeno com uma vista fabulosa.
5) Trabalhar numa ONG foda (usando o que aprendi no mestrado). Conhecer mil lugares com ela, e mudar a vida de comunidades brasileiras no interior.
6) Terminar o Espanhol, aí, estudar Alemão e Holandês. Depois Italiano, se ainda tiver tempo.
7) Abrir um bistrô pequeno, com a melhor comida e bebida do mundo, e as paredes vazias, pros amigos artistas exibirem seus trabalhos. Ser garçonete eu mesma, e conhecer meus clientes habituais por nome e gostos.
8) Ter um (ou mais) marido bacana pra eu mimar, cuidar e amar muito. Até cansar ou a morte separar.
9) Ter uma filha chamada Clara, de olhos grandes e amarelos. Geniosa e irritadiça, igual à mãe.
10) Ser uma velhinha estilosa, dessas que fala bobagens e ensina os netos a viver na boa.
11) Morrer dormindo, sem doenças graves, mas sem matar todo mundo de susto. Gostaria de receber uma espécie de aviso prévio, pra ir me despedindo e dando meus recados.
Adendos virão.
Aí, um dia, conversando com minha guru dos olhos de esmeralda, me lembrei de vários.
Não sou uma fracassada. Só tenho metas desordenadas.
Quero:
1) Morar em Nova Lima. Numa casa pequena com janelas gigantes, em um lote grande, cheio de cachorros (evidentemente).
2) Ter um New Betle amarelo com teto solar e bancos de couro. E uma gérbera perto do painel, igual à propaganda.
3) Fazer mestrado em Desenvolvimento Econômico na Unicamp, e desenvolver um método de pesquisa capaz de avaliar a associação entre cultura, espaço e meio ambiente de forma prática, pra formular políticas ou intervenções.
4) Morar fora mais uma vez. Num país que ainda nao sei, mas num apartamento pequeno com uma vista fabulosa.
5) Trabalhar numa ONG foda (usando o que aprendi no mestrado). Conhecer mil lugares com ela, e mudar a vida de comunidades brasileiras no interior.
6) Terminar o Espanhol, aí, estudar Alemão e Holandês. Depois Italiano, se ainda tiver tempo.
7) Abrir um bistrô pequeno, com a melhor comida e bebida do mundo, e as paredes vazias, pros amigos artistas exibirem seus trabalhos. Ser garçonete eu mesma, e conhecer meus clientes habituais por nome e gostos.
8) Ter um (ou mais) marido bacana pra eu mimar, cuidar e amar muito. Até cansar ou a morte separar.
9) Ter uma filha chamada Clara, de olhos grandes e amarelos. Geniosa e irritadiça, igual à mãe.
10) Ser uma velhinha estilosa, dessas que fala bobagens e ensina os netos a viver na boa.
11) Morrer dormindo, sem doenças graves, mas sem matar todo mundo de susto. Gostaria de receber uma espécie de aviso prévio, pra ir me despedindo e dando meus recados.
Adendos virão.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Sobre envelhecer
Há muito tempo eu não o via.
Nem sabia o tamanho da minha saudade.
A gente era estilo "onde a vaca vai, o boi vai atrás" na faculdade. Praticamente uma associação criminosa. Acabou o curso, trabalhamos em coisas totalmente diferentes. Ele é empresário e tá quase se casando. Eu sou professora, quase engolindo o mundo.
Me convidou por telefone. Ligou só pra isso. Nada pra contar. "Domingo lá em casa, hein? Chamei a galera da faculdade".
Cheguei. Não conhecia ninguém.
Sentei numa cadeira qualquer, numa mesa de pessoas aparentemente simpáticas.
Ele tava sem tempo. Era aniversário. Tinha que dar atenção pra todo mundo.
Fiquei pensando se deveria ter ido...
Ele se sentou do meu lado, me deu um abraço apertado, um beijo estalado no rosto.
"Gente, essa é a Marcela. Minha melhor amiga no mundo."
Aí, descobri porque tinha ido.
Fiquei até o final, como era pra ser, sempre.
Tocou "No Rain" do Blind Melon. A gente cantou um pro outro, como de costume.
Antes de eu ir embora, demos um abraço do tipo "até amanhã".
Mesmo que amanhã seja sóóóóó...
Nem sabia o tamanho da minha saudade.
A gente era estilo "onde a vaca vai, o boi vai atrás" na faculdade. Praticamente uma associação criminosa. Acabou o curso, trabalhamos em coisas totalmente diferentes. Ele é empresário e tá quase se casando. Eu sou professora, quase engolindo o mundo.
Me convidou por telefone. Ligou só pra isso. Nada pra contar. "Domingo lá em casa, hein? Chamei a galera da faculdade".
Cheguei. Não conhecia ninguém.
Sentei numa cadeira qualquer, numa mesa de pessoas aparentemente simpáticas.
Ele tava sem tempo. Era aniversário. Tinha que dar atenção pra todo mundo.
Fiquei pensando se deveria ter ido...
Ele se sentou do meu lado, me deu um abraço apertado, um beijo estalado no rosto.
"Gente, essa é a Marcela. Minha melhor amiga no mundo."
Aí, descobri porque tinha ido.
Fiquei até o final, como era pra ser, sempre.
Tocou "No Rain" do Blind Melon. A gente cantou um pro outro, como de costume.
Antes de eu ir embora, demos um abraço do tipo "até amanhã".
Mesmo que amanhã seja sóóóóó...
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Show do intervalo
Ando sem ter o que contar, esses dias...
Ou sem tempo de escrever o que eu deveria contar...
Vou voltar, vocês vão ver.
Ou sem tempo de escrever o que eu deveria contar...
Vou voltar, vocês vão ver.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Pra gostar de ler
Queridos e queridas,
aqui vão dicas ótimas de blog pra quem se interessa pelas ditaduras latino-americanas, cinema e gente:
Valsa do Suplício
Leitura Resistência
Cinema Esquema
Um beijo e um queijo (hoje, canastra, bem salgadinho, do jeito que eu gosto).
aqui vão dicas ótimas de blog pra quem se interessa pelas ditaduras latino-americanas, cinema e gente:
Valsa do Suplício
Leitura Resistência
Cinema Esquema
Um beijo e um queijo (hoje, canastra, bem salgadinho, do jeito que eu gosto).
Sábado no Santa Tereza...
O sujeito chega andando pra trás. Tropeça.
'Ó, a única maneira de encontrar o buraco é com o pé, né?'
Sim... Melhor mantê-los no chão sempre.
'Ó, a única maneira de encontrar o buraco é com o pé, né?'
Sim... Melhor mantê-los no chão sempre.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Replay
Esse feriado eu recebi uns e-mails maravilhosos e resolvi postar, de novo, um texto que escrevi em Junho...
Um dia desses, um me disse não existir amor. Existir paixão, apenas, e que o amor é invenção dos acomodados.
Nesse mesmo dia, outro me disse já tê-lo descoberto. Já conhecer sua cara.
Que prepotência, a deles.
Eu acredito nele. Sempre e muito. Sem face alguma e, ao mesmo tempo, tantas.
Nele como o bom em mim. Como o que ofereço e mostro.
Sorriso, olhar, mãos dadas, chá na varanda, foto. Mangas verdes que adoço.
Data no quadro, colo e beijinho.
Com elas, com eles, com todos.
Ele muda, pois muda o que ofereço.
Fortaleza, dor, alegria, saudade, raiva, amizade, paixão, tesão, perdão.
Mas permanece. Com a cara que eu der.
Em mim e por mim.
Pra elas. Pra eles. Pra todos.
(e não há razões pra terminar)
Pra ser feliz pra sempre
Um dia desses, um me disse não existir amor. Existir paixão, apenas, e que o amor é invenção dos acomodados.
Nesse mesmo dia, outro me disse já tê-lo descoberto. Já conhecer sua cara.
Que prepotência, a deles.
Eu acredito nele. Sempre e muito. Sem face alguma e, ao mesmo tempo, tantas.
Nele como o bom em mim. Como o que ofereço e mostro.
Sorriso, olhar, mãos dadas, chá na varanda, foto. Mangas verdes que adoço.
Data no quadro, colo e beijinho.
Com elas, com eles, com todos.
Ele muda, pois muda o que ofereço.
Fortaleza, dor, alegria, saudade, raiva, amizade, paixão, tesão, perdão.
Mas permanece. Com a cara que eu der.
Em mim e por mim.
Pra elas. Pra eles. Pra todos.
(e não há razões pra terminar)
aos dois que mandaram poesia
amor de muito.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Sobre o que é bom
Desde pequena, quando ele voltava de viagem, ele trazia uma caixinha de chocolates belgas pra mim.
Eram lindos, tinham forma de chonchas do mar, mesclados de branco e preto. Mármore de delícia.
Perfeitos. 'Os melhores do mundo', ele dizia.
E deviam ser mesmo. Era impossível que fizessem algo mais gostoso que aquilo.
Comia uma conchinha por dia.
Desligava o som e a televisão. Só prestava atenção no sabor.
Dava micromordidas, pra durar mais tempo.
Percebia todas as nuances. Tudo.
Em maio de 2006 eu recebi a notícia que eu iria pra Bélgica no ano seguinte.
Pensei: quando eu chegar, vou comprar uma caixa e vou encher a boca daqueles chocolates maravilhosos, sujar os dentes, me lambuzar. De gula. De desaforo. De tudo.
Cheguei. Fui à uma Chocolatérie e comprei um saquinho. Fui pra casa levando ouro no bolso. Fiz o prometido.
Êxtase! Era a coisa mais deliciosa que eu já tinha feito. Ele todo derreteu e grudou no céu da minha boca.
Que ousadia, a minha! Comer aquela preciosidade toda de uma vez.
Me achei radical. Foi fantástico.
Dia bom.
Semana passada, ele voltou da Bélgica e trouxe uma caixinha de chocolates pra mim.
Desliguei o som e a TV. Dei micromordidas com os olhos fechados...
Eram lindos, tinham forma de chonchas do mar, mesclados de branco e preto. Mármore de delícia.
Perfeitos. 'Os melhores do mundo', ele dizia.
E deviam ser mesmo. Era impossível que fizessem algo mais gostoso que aquilo.
Comia uma conchinha por dia.
Desligava o som e a televisão. Só prestava atenção no sabor.
Dava micromordidas, pra durar mais tempo.
Percebia todas as nuances. Tudo.
Em maio de 2006 eu recebi a notícia que eu iria pra Bélgica no ano seguinte.
Pensei: quando eu chegar, vou comprar uma caixa e vou encher a boca daqueles chocolates maravilhosos, sujar os dentes, me lambuzar. De gula. De desaforo. De tudo.
Cheguei. Fui à uma Chocolatérie e comprei um saquinho. Fui pra casa levando ouro no bolso. Fiz o prometido.
Êxtase! Era a coisa mais deliciosa que eu já tinha feito. Ele todo derreteu e grudou no céu da minha boca.
Que ousadia, a minha! Comer aquela preciosidade toda de uma vez.
Me achei radical. Foi fantástico.
Dia bom.
Semana passada, ele voltou da Bélgica e trouxe uma caixinha de chocolates pra mim.
Desliguei o som e a TV. Dei micromordidas com os olhos fechados...
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Sobre o xuxu frenético.
Amizade se contrói no silêncio confortável.
No abraço que não sei se devo, mas fica subentendido.
Eu enxergo sua voz preocupada e ouço seus olhos cheios d'água.
Coisa de quem vive demais (você. eu não. sou mais a calma).
É no seu corpo cansado que o medo repousa, aí o tempo faz graça.
Slow down, darling, slow down.
Você passa rápido demais.
Na ausência do Fast Foward, pause.
Na ausência de métodos, descanse.
No excesso de informação, feche os olhos.
E na falta do que fazer, conversemos!
No abraço que não sei se devo, mas fica subentendido.
Eu enxergo sua voz preocupada e ouço seus olhos cheios d'água.
Coisa de quem vive demais (você. eu não. sou mais a calma).
É no seu corpo cansado que o medo repousa, aí o tempo faz graça.
Slow down, darling, slow down.
Você passa rápido demais.
Na ausência do Fast Foward, pause.
Na ausência de métodos, descanse.
No excesso de informação, feche os olhos.
E na falta do que fazer, conversemos!
PS: esforço pra usar o imperativo...
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Sobre enxergar (2)
Às vezes parece que alguém me ouve, e responde como pode.
Havia tempos que não ouvia Bjork. Ela foi uma musa na minha meninice e o nonsense dela andou meio fora de contexto.
Mas, como ando adolescendo de novo, ela veio me cantar sobre minha desesperança no amor romântico. Nos outros não. Vejo e sinto. Mas desse eu me percebo ausente.
Acho que ando meio desconfiada.
É isso. Desconfiada.
Bom, sem mais delongas, vai a letra de 'All is Full of Love', e o clip que, como todos os outros da Björk, vale a pena assistir.
You've been given love
You've been taken care of.
You've been given love
You have to trust it.
Maybe not from the sources
You've have poured yours.
Maybe not from the directions
You are staring at.
Twist your head arround
It's all around you
All is ful of love
All around you.
All is full of love
You just ain't receiving
Your phone is off the hook
Your doors are all shut.
All is full of love!
Havia tempos que não ouvia Bjork. Ela foi uma musa na minha meninice e o nonsense dela andou meio fora de contexto.
Mas, como ando adolescendo de novo, ela veio me cantar sobre minha desesperança no amor romântico. Nos outros não. Vejo e sinto. Mas desse eu me percebo ausente.
Acho que ando meio desconfiada.
É isso. Desconfiada.
Bom, sem mais delongas, vai a letra de 'All is Full of Love', e o clip que, como todos os outros da Björk, vale a pena assistir.
You've been given love
You've been taken care of.
You've been given love
You have to trust it.
Maybe not from the sources
You've have poured yours.
Maybe not from the directions
You are staring at.
Twist your head arround
It's all around you
All is ful of love
All around you.
All is full of love
You just ain't receiving
Your phone is off the hook
Your doors are all shut.
All is full of love!
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Vida de Amélie (1)
A gente não faz a menor idéia do impacto que tem na vida das pessoas.
Um dia desses, eu tava assistindo TV à tarde, quando a campainha aqui de casa tocou.
Era ele, na chuva.
Veio me entregar uma caixinha com chocolates, um colar de pimenta, um sapinho e um cartão.
No cartão, ele disse que eu o faço muito bem, que ele queria adoçar minha vida, que, um dia, eu encontraria meu príncipe e que, mesmo imperfeito, esse príncipe me faria feliz.
Na verdade ele queria que eu não soubesse que era dele. Queria ser um admirador secreto. Sempre quis um. Aí eu dei o azar de atender a porta.
Pois então, querido admirador pseudo-secreto, você fez meu sábado e, sim, adoçou bastante aquela chuvinha insistente.
Às vezes, tenho dias azedos. Também às vezes, anjos batem na minha porta.
A gente não faz a menor idéia do impacto que tem na vida das pessoas.
=)
Um dia desses, eu tava assistindo TV à tarde, quando a campainha aqui de casa tocou.
Era ele, na chuva.
Veio me entregar uma caixinha com chocolates, um colar de pimenta, um sapinho e um cartão.
No cartão, ele disse que eu o faço muito bem, que ele queria adoçar minha vida, que, um dia, eu encontraria meu príncipe e que, mesmo imperfeito, esse príncipe me faria feliz.
Na verdade ele queria que eu não soubesse que era dele. Queria ser um admirador secreto. Sempre quis um. Aí eu dei o azar de atender a porta.
Pois então, querido admirador pseudo-secreto, você fez meu sábado e, sim, adoçou bastante aquela chuvinha insistente.
Às vezes, tenho dias azedos. Também às vezes, anjos batem na minha porta.
A gente não faz a menor idéia do impacto que tem na vida das pessoas.
=)
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Meus nonsenses
Dentro de mim há duas pessoas.
As duas falam simultaneamente.
Uma com quem me fala, outra com 'os espectadores' (ou expectadores, porque sempre somos os dois).
Sim, espectadores.
Já viu filme onde pausa-se a cena e a personagem narra a própria história com uma ótica totalmente diferente da que ela parece ter enquanto a cena se passa?
Não?? Já viu sim. Só não prestou atenção.
Bom, continuando (senão me disperso). Eu tenho em mim um narrador. Digo narrador pois acho que é homem mesmo, tamanho pragmatismo e ironia com que vê as coisas.
Enquanto a Marcela se mete em situações ridículas, inacreditáveis e totalmente sofríveis, o Marcelo, narrador, está lá, sádico, cruel, com a mão na barriga de tanto rir, do tipo 'e ela vai de novo, se atolar até o último fio de cabelo! O final: você decide!!' ou então 'lá vai ela! lá vai ela cobrar o pênalti e UUUUUH! Pra fooooora!!'
Fato é que Marcelo é meu amortecedor. Quando eu vou dar uma de mulherzinha e começar a chorar, Marcelo já chega relativizado as coisas e fazendo a piada mais sensacional do mundo. O ídolo dele é o tempo. Ele joga todas as cartas nele. Gosto do Marcelo... Ele é o cara.
Às vezes, meu amigo, você conversa com o Marcelo. Ele costuma chutar a cabeça da Marcela. Ela fica meio assim, zonza, no canto, e só ele brilha! Arrasa e bate cabelo (estou suspeitando que o Marcelo é gay...)!
Então, se me ouvir fazer piada em momentos totalmente críticos, rir sozinha ou se eu te der uma tirada homérica, é ele. A Marcela tá dormindo, coitada, tão bobinha...
Vamos dormir agora, nós dois.
Quem escreve é a Marcela, claro, o Marcelo está dizendo 'putz grila! que perda de tempo danada esse negócio de escrever no blog! Ninguém lê mesmo'... e emendando com a piada da chamada d'Os Nomais: 'Putz grila! Não vacila! ahahahahahaha'
As duas falam simultaneamente.
Uma com quem me fala, outra com 'os espectadores' (ou expectadores, porque sempre somos os dois).
Sim, espectadores.
Já viu filme onde pausa-se a cena e a personagem narra a própria história com uma ótica totalmente diferente da que ela parece ter enquanto a cena se passa?
Não?? Já viu sim. Só não prestou atenção.
Bom, continuando (senão me disperso). Eu tenho em mim um narrador. Digo narrador pois acho que é homem mesmo, tamanho pragmatismo e ironia com que vê as coisas.
Enquanto a Marcela se mete em situações ridículas, inacreditáveis e totalmente sofríveis, o Marcelo, narrador, está lá, sádico, cruel, com a mão na barriga de tanto rir, do tipo 'e ela vai de novo, se atolar até o último fio de cabelo! O final: você decide!!' ou então 'lá vai ela! lá vai ela cobrar o pênalti e UUUUUH! Pra fooooora!!'
Fato é que Marcelo é meu amortecedor. Quando eu vou dar uma de mulherzinha e começar a chorar, Marcelo já chega relativizado as coisas e fazendo a piada mais sensacional do mundo. O ídolo dele é o tempo. Ele joga todas as cartas nele. Gosto do Marcelo... Ele é o cara.
Às vezes, meu amigo, você conversa com o Marcelo. Ele costuma chutar a cabeça da Marcela. Ela fica meio assim, zonza, no canto, e só ele brilha! Arrasa e bate cabelo (estou suspeitando que o Marcelo é gay...)!
Então, se me ouvir fazer piada em momentos totalmente críticos, rir sozinha ou se eu te der uma tirada homérica, é ele. A Marcela tá dormindo, coitada, tão bobinha...
Vamos dormir agora, nós dois.
Quem escreve é a Marcela, claro, o Marcelo está dizendo 'putz grila! que perda de tempo danada esse negócio de escrever no blog! Ninguém lê mesmo'... e emendando com a piada da chamada d'Os Nomais: 'Putz grila! Não vacila! ahahahahahaha'
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
A Cláudia explica.
Meus dedos inquietos não param de pensar
No porquê desse gosto em me fazer sofrer.
Testo minha própria força,
Pra me convencer que sou mulher maravilha.
Não temo, não penso, não mordo e nem morro.
Às segundas, tiro a fantasia.
Dirijo de óculos escuros.
Falo pouco e penso muito.
Essa tal de análise acaba comigo.
No porquê desse gosto em me fazer sofrer.
Testo minha própria força,
Pra me convencer que sou mulher maravilha.
Não temo, não penso, não mordo e nem morro.
Às segundas, tiro a fantasia.
Dirijo de óculos escuros.
Falo pouco e penso muito.
Essa tal de análise acaba comigo.
Aos olhos verdes que me vêem de costas.
Credo!
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Sobre escolher
Ela me disse que meu jeito de menina é a minha não-autorização pra ser mulher.
Fico assim, com o pé lá, outro cá, entre concordar ou não.
Enquanto isso, vou tentando diminuir na meninice.
Não custa tentar.
Por outro lado, a graça toda não é ser camaleoa?
Andar em cima do muro às vezes é bem mais divertido!
Fico assim, com o pé lá, outro cá, entre concordar ou não.
Enquanto isso, vou tentando diminuir na meninice.
Não custa tentar.
Por outro lado, a graça toda não é ser camaleoa?
Andar em cima do muro às vezes é bem mais divertido!
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Adventures: Elementary.
Já me fiz vítima do lado de fora.
Culpei a vida, o mundo, o outro.
Me justifiquei na 'falta de escolha'.
No beco, no poço, na jaula.
Mais difícil é desejar.
É decidir dentro.
Pessoal e intrasferível.
O gozo e o choro.
Tô aprendendo.
Observando.
Querendo querer.
Culpei a vida, o mundo, o outro.
Me justifiquei na 'falta de escolha'.
No beco, no poço, na jaula.
Mais difícil é desejar.
É decidir dentro.
Pessoal e intrasferível.
O gozo e o choro.
Tô aprendendo.
Observando.
Querendo querer.
Meio perigoso, esse négócio...
sábado, 19 de setembro de 2009
Eu, Lola.
Sonhei que corria de um urso polar do ártico.
Fantástico.
Frenético.
Político.
E tão branquinho
que eu nem corri tanto assim.
O sonho é verdade, mas hoje eu acordei jogadora de palavras.
Fantástico.
Frenético.
Político.
E tão branquinho
que eu nem corri tanto assim.
O sonho é verdade, mas hoje eu acordei jogadora de palavras.
Mamãe cantava...
A lua
quando ela roda
é nova!
Crescente ou meia
A Lua!
É cheia!
E quando ela roda
Minguante e meia
Depois é lua novamente
Diz...
Quando ela roda
É Nova!
Crescente ou meia
A Lua!
É cheia!
E quando ela roda
Minguante e meia.
Depois é luz nova
Mente quem diz
Que a lua é velha!
quando ela roda
é nova!
Crescente ou meia
A Lua!
É cheia!
E quando ela roda
Minguante e meia
Depois é lua novamente
Diz...
Quando ela roda
É Nova!
Crescente ou meia
A Lua!
É cheia!
E quando ela roda
Minguante e meia.
Depois é luz nova
Mente quem diz
Que a lua é velha!
MPB 4. 'A Lua'. 1987
Um dia, eu apontei e disse.
Primeira palavra.
Por que será?
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
É que eu andei pensando...
Não sei pra quantas pessoas eu escrevo. Já pensei até que ninguém lia. Descobri que era mais do que eu achava antes (sempre é).
Quase nunca sei se os destinatários dos recados leram ou entenderam.
Resolvi que escrevo pra mim.
Gosto e não gosto.
Escrever é mais uma questão catártica.
Cheguei à conclusão que todo mundo deveria ter um blog.
Não sei o que eu quero da vida. Já pensei em ser economista. Descobri que tenho em mim uma professora.
Quase nunca sei de os alunos gostam ou understand o que eu digo.
Resolvi que vou ser feliz hoje.
O amanhã que se vire.
Gosto e não gosto.
Confundir é mais uma questão catártica.
Cheguei à conclusão que todo mundo deveria ser um pouco mais perdido na vida.
Não sei se sou bonita ou feia. Já pensei em fazer plástica no nariz. Descobri que ele tem personalidade (seja lá o que isso significa).
Quase nunca acredito nos elogios que recebo, pois eles vêem de quem gosta de mim por outras coisas.
Resolvi me olhar mais no espelho.
Dou sepre uma ajeitadinha.
Gosto e não gosto.
A vaidade é mais uma questão catártica.
Cheguei à conclusão que todo mudo deveria se achar bonito e achar os outros bonitos, ou simplesmente parar de se preocupar com essas coisas.
Não sei se sou boa ou má pessoa. Já pensei ser boa. Descobri mil defeitos e lugares sombrios.
Quase nunca sei o que eu sinto em relação às pessoas.
Resolvi que sou gente.
Gosto ou não gosto.
A análise é mais uma questão catártica.
Cheguei à conclusão que todo mundo deveria se enxergar melhor e, se percebendo humano, perceber os outros assim também.
No final, no final mesmo, eu descobri que eu tenho muitas questões catárticas.
E cheguei à conclusão que todos deveriam ter mais catarses.
Mas é claro que esse negócio de tentar tirar conclusões de tudo é uma questão catártica...
Melhor parar.
Quase nunca sei se os destinatários dos recados leram ou entenderam.
Resolvi que escrevo pra mim.
Gosto e não gosto.
Escrever é mais uma questão catártica.
Cheguei à conclusão que todo mundo deveria ter um blog.
Não sei o que eu quero da vida. Já pensei em ser economista. Descobri que tenho em mim uma professora.
Quase nunca sei de os alunos gostam ou understand o que eu digo.
Resolvi que vou ser feliz hoje.
O amanhã que se vire.
Gosto e não gosto.
Confundir é mais uma questão catártica.
Cheguei à conclusão que todo mundo deveria ser um pouco mais perdido na vida.
Não sei se sou bonita ou feia. Já pensei em fazer plástica no nariz. Descobri que ele tem personalidade (seja lá o que isso significa).
Quase nunca acredito nos elogios que recebo, pois eles vêem de quem gosta de mim por outras coisas.
Resolvi me olhar mais no espelho.
Dou sepre uma ajeitadinha.
Gosto e não gosto.
A vaidade é mais uma questão catártica.
Cheguei à conclusão que todo mudo deveria se achar bonito e achar os outros bonitos, ou simplesmente parar de se preocupar com essas coisas.
Não sei se sou boa ou má pessoa. Já pensei ser boa. Descobri mil defeitos e lugares sombrios.
Quase nunca sei o que eu sinto em relação às pessoas.
Resolvi que sou gente.
Gosto ou não gosto.
A análise é mais uma questão catártica.
Cheguei à conclusão que todo mundo deveria se enxergar melhor e, se percebendo humano, perceber os outros assim também.
No final, no final mesmo, eu descobri que eu tenho muitas questões catárticas.
E cheguei à conclusão que todos deveriam ter mais catarses.
Mas é claro que esse negócio de tentar tirar conclusões de tudo é uma questão catártica...
Melhor parar.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Sobre o encaixe
E se toda panela tem tampa,
eu devo ser, mesmo, uma cumbuca.
Dessas bem mineiras, de fazer angú.
Olha que eu nem gosto de angú...
eu devo ser, mesmo, uma cumbuca.
Dessas bem mineiras, de fazer angú.
Olha que eu nem gosto de angú...
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Emendando as coisas.
Aí, hoje eu abri meu blog que um disse que minha alma é sarcasticamente maravilhosa...
"Alma maravilhosa" eu já tinha ouvido do outro. Não tinha entendido o que havia, então, de tão maravilhoso e assustador (reza esse outro) nela.
Agora, sim.
O.K.
Pode ser...
"Alma maravilhosa" eu já tinha ouvido do outro. Não tinha entendido o que havia, então, de tão maravilhoso e assustador (reza esse outro) nela.
Agora, sim.
O.K.
Pode ser...
sábado, 12 de setembro de 2009
Ahá!
Se você pudesse, tiraria férias da sua alma, ou de parte dela?
Eu tiraria.
Dela toda.
Longas.
Assim, eu me construiria de novo.
Assim e assado.
Pra ser mais feliz.
Com tudo mais programado.
Eu tiraria.
Dela toda.
Longas.
Assim, eu me construiria de novo.
Assim e assado.
Pra ser mais feliz.
Com tudo mais programado.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
O amor mais lindo
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Aquela moça...
Suas decisões não são as minhas.
São dela, daquele dia.
E se ela achou que era certo, devia ser.
Se ela dava conta, foi justo.
Ela, Marcela, barbarela, metade peixe, cravo e canela, já foi tantas e virou tantas outras.
Não me pertence mais.
Não posso ser capataz de mim mesma.
Não julgo, não rio, não penso no se.
Amanhã, acordo outra.
Olhos de bola de gude.
São dela, daquele dia.
E se ela achou que era certo, devia ser.
Se ela dava conta, foi justo.
Ela, Marcela, barbarela, metade peixe, cravo e canela, já foi tantas e virou tantas outras.
Não me pertence mais.
Não posso ser capataz de mim mesma.
Não julgo, não rio, não penso no se.
Amanhã, acordo outra.
Olhos de bola de gude.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Na estrada de Ouro Preto
Sou durona dos olhos pra fora.
Só ela que ouviu.
E fingiu que não viu que eu enxugava o rosto enquanto falava.
Tenho uma reputação a zelar.
Ela entende.
Rio e faço piada.
Mas ela sabe.
E nos dias assim, aparece.
Ela me enxerga.
É rara.
É linda.
É amiga.
E eu só posso agradecer.
Pronto.
Só ela que ouviu.
E fingiu que não viu que eu enxugava o rosto enquanto falava.
Tenho uma reputação a zelar.
Ela entende.
Rio e faço piada.
Mas ela sabe.
E nos dias assim, aparece.
Ela me enxerga.
É rara.
É linda.
É amiga.
E eu só posso agradecer.
Pronto.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Essa moça...
Ela passa em frente ao espelho e se surpreende por ter olhos cor de bola de gude.
Gosta. Lembra que sempre gostou de bolas de gude.
Ela sacode os cabelos, e eles se atrapalham.
Gosta. Assim todo mundo já imagina o que esperar.
Ela resolveu ser a melhor possível em tudo que faz, e descobriu que é possível ser bem melhor.
Gosta. Ensina e aprende mais, assim.
Ela se diverte com ela mesma. Ri sozinha. Se acha um gênio.
Gosta. Sempre quis ser um gênio.
Ela é livre. Conseguiu não ter que agradar os outros o tempo todo.
Gosta. Põe a cabeça no travesseiro e dorme.
Ela tá se achando mega interessante.
Gosta. Nunca soube porque era interessante.
... tá diferente!
Gosta. Lembra que sempre gostou de bolas de gude.
Ela sacode os cabelos, e eles se atrapalham.
Gosta. Assim todo mundo já imagina o que esperar.
Ela resolveu ser a melhor possível em tudo que faz, e descobriu que é possível ser bem melhor.
Gosta. Ensina e aprende mais, assim.
Ela se diverte com ela mesma. Ri sozinha. Se acha um gênio.
Gosta. Sempre quis ser um gênio.
Ela é livre. Conseguiu não ter que agradar os outros o tempo todo.
Gosta. Põe a cabeça no travesseiro e dorme.
Ela tá se achando mega interessante.
Gosta. Nunca soube porque era interessante.
... tá diferente!
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Sobre a galinhagem
Ele diz ser de todo mundo,
Conta histórias de cafajeste,
É um conquistador de menininhas.
Acha que o legal é não ligar, não gostar, não chorar.
Nem se lembra do nome daquela, daquele dia.
Nem do cheiro, nem do gosto.
Por não gostar, não se espalha, e não espalha nada.
Não deixa rastros. Não sente falta.
Não faz falta.
(...)
Às vezes, assim, sem aviso, toca a campainha da casa dela.
Lá, ele tem colo. Conversa, ri. Não joga charme. Se diverte.
Diz que tem uma carência misteriosa incomodando.
Ela afaga seus cabelos, em silêncio.
A melhor ironia é a que só ela entende.
"Ele tem fome dele mesmo.
Enquanto não preencher os buracos, vai continuar sendo o homem sem sombra.
Ou tapando o sol com a peneira*".
Conta histórias de cafajeste,
É um conquistador de menininhas.
Acha que o legal é não ligar, não gostar, não chorar.
Nem se lembra do nome daquela, daquele dia.
Nem do cheiro, nem do gosto.
Por não gostar, não se espalha, e não espalha nada.
Não deixa rastros. Não sente falta.
Não faz falta.
(...)
Às vezes, assim, sem aviso, toca a campainha da casa dela.
Lá, ele tem colo. Conversa, ri. Não joga charme. Se diverte.
Diz que tem uma carência misteriosa incomodando.
Ela afaga seus cabelos, em silêncio.
A melhor ironia é a que só ela entende.
"Ele tem fome dele mesmo.
Enquanto não preencher os buracos, vai continuar sendo o homem sem sombra.
Ou tapando o sol com a peneira*".
* sinta o trocadilho
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Cinco, seis, sete, oito...
Pensando sobre o que penso, descobri que não sofro pelas minhas decisões. Nem pelas piores delas.
Em compensação, ando descobrindo que é quando a escolha vem de fora que me incomoda.
O impossível é que me atormenta e não poder resolver nem saber o que vem depois me assombra muito.
Por isso, meus rancores.
Preciso aprender a dançar conforme a música, em vez de tentar manter meu ritmo a qualquer custo.
Solta o som, DJ!
Em compensação, ando descobrindo que é quando a escolha vem de fora que me incomoda.
O impossível é que me atormenta e não poder resolver nem saber o que vem depois me assombra muito.
Por isso, meus rancores.
Preciso aprender a dançar conforme a música, em vez de tentar manter meu ritmo a qualquer custo.
Solta o som, DJ!
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Sobre a ditadura
A felicidade virou obrigação.
Ser melhor a cada dia, gentil, culto, bonito, saudável, musical, amigo do meio ambiente...
Muito exaustivo, esse negócio.
Eu guardo rancores, sou relapsa, mando tudo pro caralho, tenho meus quilinhos extras, tomo banhos longos de chuveiro elétrico, como pão branco com manteiga, não toco nem triângulo e, definitivamente, não li todos os livros do mundo
Ando descobrindo que ser gente é mais gostoso.
E que vivo, também, na angústia, na tristeza, na raiva e no remorso.
De resto, sim, sou frenética!!!!
Então, será que eu sou infeliz?
Ser melhor a cada dia, gentil, culto, bonito, saudável, musical, amigo do meio ambiente...
Muito exaustivo, esse negócio.
Eu guardo rancores, sou relapsa, mando tudo pro caralho, tenho meus quilinhos extras, tomo banhos longos de chuveiro elétrico, como pão branco com manteiga, não toco nem triângulo e, definitivamente, não li todos os livros do mundo
Ando descobrindo que ser gente é mais gostoso.
E que vivo, também, na angústia, na tristeza, na raiva e no remorso.
De resto, sim, sou frenética!!!!
Então, será que eu sou infeliz?
Nem sei se o 'também' é aposto, mas não tô nem aí!
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Sobre o tamanho das coisas
Ontem, um aluno disse "Marcela, um dia, vou ser esperto igual a você!"
Ele é bom, de coração bom.
E é inteligente também. Esforçado.
A mãe é faxineira. O pai briga com ela. Todos os dias.
Ele acorda às 5 e dorme às 11.
Ele quer ser engenheiro.
Ajudar a mãe e o irmão.
Tirar todo mundo dalí.
Vencer esse círculo onde sobra falta e conhecer o mundo.
Esperto é ele.
Eu sou só uma burguesinha mimada.
Ele é bom, de coração bom.
E é inteligente também. Esforçado.
A mãe é faxineira. O pai briga com ela. Todos os dias.
Ele acorda às 5 e dorme às 11.
Ele quer ser engenheiro.
Ajudar a mãe e o irmão.
Tirar todo mundo dalí.
Vencer esse círculo onde sobra falta e conhecer o mundo.
Esperto é ele.
Eu sou só uma burguesinha mimada.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Sobre ser Marcelíssima
"Eu tinha uma suspeita sobre vocês dois, mas aí cês resolveram ser irmãos, uai!!!"
Disse a anja.
E como podia ser diferente?
OUR!!!!
Disse a anja.
E como podia ser diferente?
OUR!!!!
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Sobre a tsé-tsé
Hoje eu quero dormir pra sempre.
No quentinho,
Enroladinho,
Escuro,
De meia.
É quase um desinteresse por tudo que fica em volta,
Mas não é por nada não.
No quentinho,
Enroladinho,
Escuro,
De meia.
É quase um desinteresse por tudo que fica em volta,
Mas não é por nada não.
domingo, 16 de agosto de 2009
Sobre essas coisas...
Se engata, embola, já se sabe.
Então, nos resta brincar de equilibrista na linha que separa as coisas.
E a gente gosta.
Piscadinha charmosa,
Cafuné no cabelo,
Carinho comprido,
Abraço apertado.
"Você tá linda, meu amor"
"Você também".
E só.
Aí, cada um prum lado, procurar paixão em outro canto.
Dizem que romance de verdade é assim...
Amor cortês.
Todo mundo tem os seus.
Desde sempre e pra sempre.
E é uma delícia.
Então, nos resta brincar de equilibrista na linha que separa as coisas.
E a gente gosta.
Piscadinha charmosa,
Cafuné no cabelo,
Carinho comprido,
Abraço apertado.
"Você tá linda, meu amor"
"Você também".
E só.
Aí, cada um prum lado, procurar paixão em outro canto.
Dizem que romance de verdade é assim...
Amor cortês.
Todo mundo tem os seus.
Desde sempre e pra sempre.
E é uma delícia.
sábado, 15 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Remendando o post de baixo
Quando a gente ganha um livro novo, depois de ler, é preciso encontrar um lugar pra ele na estante.
Nem sempre é obvio.
Não é tarefa simples distinguir o romance da aventura, o humor da tragécia, as crônicas dos contos.
Às vezes ele fica, assim... mal encaixado.
Aí, a missão passar a ser reavaliar a história e percebê-la de outro jeito.
Uma vez encontrado o lugar, é um alívio saber que a estante está organizada e que, sempre que for preciso e, sempre que lembrado, é alí que ele vai estar.
Há algum tempo eu ganhei um livro enorme, que me pareceu ser várias coisas.
Romance, aventura, tragédia, estudo de caso, fábula...
Nessa confusão, ele ficou sobre a mesa, um tempo.
Depois, no chão, onde larguei e prometi que nunca mais o leria.
Mas, como diz o outro 'se você não gostou, é porque não entendeu direito'.
Então eu fui. Reli.
Agora, ele já tem lugar.
É livro de cabeceira.
Igual ao da anja e ao da menina-sol.
Todo dia leio um pouquinho.
Cada dia eu gosto mais.
Nem sempre é obvio.
Não é tarefa simples distinguir o romance da aventura, o humor da tragécia, as crônicas dos contos.
Às vezes ele fica, assim... mal encaixado.
Aí, a missão passar a ser reavaliar a história e percebê-la de outro jeito.
Uma vez encontrado o lugar, é um alívio saber que a estante está organizada e que, sempre que for preciso e, sempre que lembrado, é alí que ele vai estar.
Há algum tempo eu ganhei um livro enorme, que me pareceu ser várias coisas.
Romance, aventura, tragédia, estudo de caso, fábula...
Nessa confusão, ele ficou sobre a mesa, um tempo.
Depois, no chão, onde larguei e prometi que nunca mais o leria.
Mas, como diz o outro 'se você não gostou, é porque não entendeu direito'.
Então eu fui. Reli.
Agora, ele já tem lugar.
É livro de cabeceira.
Igual ao da anja e ao da menina-sol.
Todo dia leio um pouquinho.
Cada dia eu gosto mais.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Sobre estar a pé
Sem carro, ando fazendo descobertas e redescobertas.
Depois de ouvir todas as músicas que eu gosto agora e me cansar delas, fui obrigada a voltar a ouvir as músicas de antes. Me divirto me lembrando porque achava que essa ou aquela música eram 'a música da minha vida'. Fico imaginando quais serão minhas próximas trilhas sonoras. Tomara que sejam roquezinhos felizes.
Descobri que conheço muito mais gente que imaginava, e tenho uma sensação quase de vereança enquanto passeio por Nova Lima. Descobri a cor dos prédios e a ordem das casas. Sou, afinal de contas, uma menina do interior.
Recescobri dona Maria, que mora lá em cima do morro. Me lembro muito dela na minha infância. Ela fez meu vestido de anjinha na coroação. Muito bordado e espalhafatoso. Por causa dela, eu fui promovida de 'mais uma bonitinha das flores' pra 'menina linda que põe a coroa'.
Ela faz fuchicos à tarde, no sol, e vai aos bailes da 'Melhor Idade' sempre que pode. Ela luta contra o câncer de mama há um ano e eu nem sabia.
Descobri a paisagem da estrada pra Bicalho. Nunca a tinha visto. Só via os borrões no vidro do meu carro. Todo mundo devia ir pra lá de passageiro, um dia. No ônibus, também voltei com minha mania de observar as pessoas e tentar adivinhar o que elas fazem e pensam.
Redescobri um amigo interessantíssimo, que apareceu pra mim pra me fazer questionar um monte de coisas, e que sempre vai ter lugar na minha vida. A gente funciona bem assim, e tomara que por muito tempo, apesar de estar claro que seu instinto de sobrevivência está acima do amor dele pelas pessoas (haha).
Por último, lembrei que adoro andar. Acho que eu tenho idéias sensacionais enquanto o faço e que me sinto menos couch potato, assim.
De repente, tô sem pressa pra ir buscar o carro...
Depois de ouvir todas as músicas que eu gosto agora e me cansar delas, fui obrigada a voltar a ouvir as músicas de antes. Me divirto me lembrando porque achava que essa ou aquela música eram 'a música da minha vida'. Fico imaginando quais serão minhas próximas trilhas sonoras. Tomara que sejam roquezinhos felizes.
Descobri que conheço muito mais gente que imaginava, e tenho uma sensação quase de vereança enquanto passeio por Nova Lima. Descobri a cor dos prédios e a ordem das casas. Sou, afinal de contas, uma menina do interior.
Recescobri dona Maria, que mora lá em cima do morro. Me lembro muito dela na minha infância. Ela fez meu vestido de anjinha na coroação. Muito bordado e espalhafatoso. Por causa dela, eu fui promovida de 'mais uma bonitinha das flores' pra 'menina linda que põe a coroa'.
Ela faz fuchicos à tarde, no sol, e vai aos bailes da 'Melhor Idade' sempre que pode. Ela luta contra o câncer de mama há um ano e eu nem sabia.
Descobri a paisagem da estrada pra Bicalho. Nunca a tinha visto. Só via os borrões no vidro do meu carro. Todo mundo devia ir pra lá de passageiro, um dia. No ônibus, também voltei com minha mania de observar as pessoas e tentar adivinhar o que elas fazem e pensam.
Redescobri um amigo interessantíssimo, que apareceu pra mim pra me fazer questionar um monte de coisas, e que sempre vai ter lugar na minha vida. A gente funciona bem assim, e tomara que por muito tempo, apesar de estar claro que seu instinto de sobrevivência está acima do amor dele pelas pessoas (haha).
Por último, lembrei que adoro andar. Acho que eu tenho idéias sensacionais enquanto o faço e que me sinto menos couch potato, assim.
De repente, tô sem pressa pra ir buscar o carro...
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
E embaixo do ipê amarelo...
Eu tenho um mar de amigos.
Nado sem medo.
Mergulho fundo.
Me esbaldo.
Tchibuuuuuuum!!!!
Nado sem medo.
Mergulho fundo.
Me esbaldo.
Tchibuuuuuuum!!!!
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Sobre ser querida
domingo, 2 de agosto de 2009
sábado, 1 de agosto de 2009
Enquanto isso, na igreja de São José...
Eu, mesmo sem saber rezar,
Mesmo sem querer rezar,
Fechei os olhos e pedi
Pra esses alguéns in charge
Não sucesso,
Nem dinheiro,
Nem emprego.
Pedi que eu pudesse caminhar com eles muitas vezes, de novo.
Que nossas fotos sejam sempre de semana passada,
Nossas piadas, sempre, internas,
E nossos abraços, sempre, compridos.
Pedi pra não esquecer
E amar pra sempre.
Mesmo sem querer rezar,
Fechei os olhos e pedi
Pra esses alguéns in charge
Não sucesso,
Nem dinheiro,
Nem emprego.
Pedi que eu pudesse caminhar com eles muitas vezes, de novo.
Que nossas fotos sejam sempre de semana passada,
Nossas piadas, sempre, internas,
E nossos abraços, sempre, compridos.
Pedi pra não esquecer
E amar pra sempre.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Regressiva
De acordo com a hipótese das expectativas racionais, as previsões dos agentes econômicos não são enviesadas e baseiam-se em toda a informação disponível.
Com as minhas informações disponíveis sobre este fim de semana, minhas expectativas estão mais pra irracionais, eu diria.
O economês se encaixa e se desencaixa na minha vida.
Às vezes, eu curto essa minha profissão.
Com as minhas informações disponíveis sobre este fim de semana, minhas expectativas estão mais pra irracionais, eu diria.
O economês se encaixa e se desencaixa na minha vida.
Às vezes, eu curto essa minha profissão.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Ativo e passivo
Mudando de pato pra ganso, vou, então, fazer um balanço do mês de julho.
Tenho:
Uma unha a menos, arrancada por um golpe brutal de salto agulha, mas, qual é o problema? Ainda tenho 19!
Dores musculares, resultado da colclusão do último post, baseadas em inferências de vários outros posts, livros e filmes.
Um caco de vidro enfiado no pé esquerdo, resultado de diversos shots de tequila e da consequente (e inconsequente) decisão de ficar descalça.
Um celular a mais, pertencente a uma louca frenética, também resultado do abuso do álcool.
Gírias novas: 'Coraaage' e 'Lê', roubadas de um outro louco frenético.
Diversas fotos comprometedoras, que me fazem concluir que talvez seja hora de slow down a bit.
Um par de óculos escuros a menos: perdido no carro do 'melhor do Chile'!!
Créditos de horas e horas de sono: dá-le passiflora, gente (recomendo)!!!
Uma amiga mega ultra feliz e um professor de espanhol (EBA!).
O carro a menos: 15 dias a pé.
Um cachorro com conjuntivite.
Um pote de colágeno em pó sabor tangerina: o redutor de apetite das estrelas!!!
Um esmalte pink, pros momentos difíceis.
Um rímel super luxo à prova d'água, para os eventos da formatura.
E etecéteras, que nunca podem faltar!
Eu estava MESMO precisando de férias.
Tenho:
Uma unha a menos, arrancada por um golpe brutal de salto agulha, mas, qual é o problema? Ainda tenho 19!
Dores musculares, resultado da colclusão do último post, baseadas em inferências de vários outros posts, livros e filmes.
Um caco de vidro enfiado no pé esquerdo, resultado de diversos shots de tequila e da consequente (e inconsequente) decisão de ficar descalça.
Um celular a mais, pertencente a uma louca frenética, também resultado do abuso do álcool.
Gírias novas: 'Coraaage' e 'Lê', roubadas de um outro louco frenético.
Diversas fotos comprometedoras, que me fazem concluir que talvez seja hora de slow down a bit.
Um par de óculos escuros a menos: perdido no carro do 'melhor do Chile'!!
Créditos de horas e horas de sono: dá-le passiflora, gente (recomendo)!!!
Uma amiga mega ultra feliz e um professor de espanhol (EBA!).
O carro a menos: 15 dias a pé.
Um cachorro com conjuntivite.
Um pote de colágeno em pó sabor tangerina: o redutor de apetite das estrelas!!!
Um esmalte pink, pros momentos difíceis.
Um rímel super luxo à prova d'água, para os eventos da formatura.
E etecéteras, que nunca podem faltar!
Eu estava MESMO precisando de férias.
Sobre o tapa na cara
A gente sempre acha que deixa algo nas pessoas.
Que impressiona, que faz pensar, que faz enxergar, que faz gostar.
Mas, como diria minha mãe, vó, bisavó, e todo mundo que é esperto na vida:
Coração dos outros é terra que ninguém pisa.
E quando o vice-versa não vale,
Quando você não tem mais nome nos livros,
E recebe os créditos de pano de fundo
É que você pensa:
Melhor malhar e tratar de ficar gostosa!!!
Que impressiona, que faz pensar, que faz enxergar, que faz gostar.
Mas, como diria minha mãe, vó, bisavó, e todo mundo que é esperto na vida:
Coração dos outros é terra que ninguém pisa.
E quando o vice-versa não vale,
Quando você não tem mais nome nos livros,
E recebe os créditos de pano de fundo
É que você pensa:
Melhor malhar e tratar de ficar gostosa!!!
sexta-feira, 24 de julho de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
Prenez soin de vous
'Let's go' - said she
'Not so far' - said he
'What's too far?' - said she
'Where you are' - said he.
'Not so far' - said he
'What's too far?' - said she
'Where you are' - said he.
Chiara Cortez - pra Sofia Colle.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
It's a shit hole!
Um filme recomendado pelo amigo 'Narcotango' me fez desejar que lá fora chovesse e que as ruas escorregarias me fizessem andar olhando pro chão.
Que minha pele ficasse amarela por conta do céu, sempre cinza.
Que a Rue Saint Gilles estivesse lotada. Que uma fornada de baquettes tivessem acabado de sair no GB e que eu pegasse uma fila imensa por conta delas.
Que o cheiro de pizza do restaurante do primeiro andar invadisse meu quarto e me fizesse uma fome dos demônios.
Que eu atravessasse a ponte do Meuse pra ouvir histórias de Goiânia e que o frio me cortasse as bochechas.
Que me dormissem os dedos, o que me impediria de responder as mensagens que recebesse.
Que o Gordinho fizesse purê de batatas e contasse histórias sobre seu vizinho mafioso.
Que me ligassem do Celtic bar, pra tomar uma Duvel, ou uma Chimay blonde.
Que a fumaça dos cigarros me engasgasse e que eu trocasse os gêneros das palavras e as conjugações dos verbos.
Que alguém me corrigisse e que eu morresse de vergonha.
Que houvesse uma Soirée de l'ESN no Point de Vue, com as mesmas músicas cansativas de ontem e que, como sempre, eu não soubesse como cheguei em casa.
Que fosse dia de faxina e a Nico e a Nadège decaparecessem, me matando de raiva e deixando tudo pra mim, de novo. Não teria problema. Rádio no talo e luva amarela nas mãos. A casa ficaria um brinco.
Que amanhã fosse quinta feira, e eu tivesse planos de viagem.
Sei pra onde iria.
Acordaria cedo, pegaria o trem das 08:05 com meu Go Pass e, em duas horas, estaria 'In fucking Bruges'! Compraria chocolates na ruazinha principal, andaria de barquinho, subiria os 700 degraus da torre e me perderia no meio da neblina gelada que me faria gripar no outro dia, com certeza.
Afinal de contas, por que é que alguém vai à Bélgica???
Que minha pele ficasse amarela por conta do céu, sempre cinza.
Que a Rue Saint Gilles estivesse lotada. Que uma fornada de baquettes tivessem acabado de sair no GB e que eu pegasse uma fila imensa por conta delas.
Que o cheiro de pizza do restaurante do primeiro andar invadisse meu quarto e me fizesse uma fome dos demônios.
Que eu atravessasse a ponte do Meuse pra ouvir histórias de Goiânia e que o frio me cortasse as bochechas.
Que me dormissem os dedos, o que me impediria de responder as mensagens que recebesse.
Que o Gordinho fizesse purê de batatas e contasse histórias sobre seu vizinho mafioso.
Que me ligassem do Celtic bar, pra tomar uma Duvel, ou uma Chimay blonde.
Que a fumaça dos cigarros me engasgasse e que eu trocasse os gêneros das palavras e as conjugações dos verbos.
Que alguém me corrigisse e que eu morresse de vergonha.
Que houvesse uma Soirée de l'ESN no Point de Vue, com as mesmas músicas cansativas de ontem e que, como sempre, eu não soubesse como cheguei em casa.
Que fosse dia de faxina e a Nico e a Nadège decaparecessem, me matando de raiva e deixando tudo pra mim, de novo. Não teria problema. Rádio no talo e luva amarela nas mãos. A casa ficaria um brinco.
Que amanhã fosse quinta feira, e eu tivesse planos de viagem.
Sei pra onde iria.
Acordaria cedo, pegaria o trem das 08:05 com meu Go Pass e, em duas horas, estaria 'In fucking Bruges'! Compraria chocolates na ruazinha principal, andaria de barquinho, subiria os 700 degraus da torre e me perderia no meio da neblina gelada que me faria gripar no outro dia, com certeza.
Afinal de contas, por que é que alguém vai à Bélgica???
domingo, 19 de julho de 2009
Pra quem nunca mais me viu
Qualquer dia, por quaquer coisa, a gente vai se encontrar.
Vou te dar o mais longo dos abraços.
Vamos trocar elogios, falar do tempo, do trânsito e do quão bem estão as nossas famílias.
Você terá descoberto mil bandas, filmes e seriados novos.
Vai me recomendar várias coisas que eu vou ouvir e ver. Você sempre acerta, mesmo.
Eu vou te contar sobre lugares e livros.
Vou anotar num papelzinho nomes de cervejas pra você provar.
Vou perguntar pelos seus amigos e você, pelos meus.
Você vai querer saber se os meninos cuidam bem de mim. Eles cuidam.
E vou perguntar se você anda comendo direito e se tá dormindo na hora certa.
Não pras duas perguntas, já sei.
Vamos ficar sem assunto.
Mais elogios.
Outro abraço.
'Bom te ver'. 'Você também'. 'Manda um abraço pra todo mundo lá'.
E coisa e tal.
Vamos virar as costas e desejar nunca nos ver de novo.
Um dia ainda te peço desculpas por tudo.
Ainda te digo que tudo seria mais fácil se fosse você naquela história.
A gente daria conta, eu sei.
E você seria maravilhoso e atencioso, como sempre.
(...)Mas tudo na vida perde a validade.
E é como você mesmo disse,
"Aquela coisa né, Má, a gente foi do caralho!!"
Vou te dar o mais longo dos abraços.
Vamos trocar elogios, falar do tempo, do trânsito e do quão bem estão as nossas famílias.
Você terá descoberto mil bandas, filmes e seriados novos.
Vai me recomendar várias coisas que eu vou ouvir e ver. Você sempre acerta, mesmo.
Eu vou te contar sobre lugares e livros.
Vou anotar num papelzinho nomes de cervejas pra você provar.
Vou perguntar pelos seus amigos e você, pelos meus.
Você vai querer saber se os meninos cuidam bem de mim. Eles cuidam.
E vou perguntar se você anda comendo direito e se tá dormindo na hora certa.
Não pras duas perguntas, já sei.
Vamos ficar sem assunto.
Mais elogios.
Outro abraço.
'Bom te ver'. 'Você também'. 'Manda um abraço pra todo mundo lá'.
E coisa e tal.
Vamos virar as costas e desejar nunca nos ver de novo.
Um dia ainda te peço desculpas por tudo.
Ainda te digo que tudo seria mais fácil se fosse você naquela história.
A gente daria conta, eu sei.
E você seria maravilhoso e atencioso, como sempre.
(...)Mas tudo na vida perde a validade.
E é como você mesmo disse,
"Aquela coisa né, Má, a gente foi do caralho!!"
Oh, yeah, baby!
;)
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Sobre despertar
Quando ele afundava a cabeça pesada sobre o travasseiro, não conseguia pensar em outra coisa. A noite o engolia com uma quase intimação ao devaneio e ele procurava referências, padrões ou métodos. Nunca os encontrava.
Resolveu procurar nos livros. "Eu devo estar em algum deles". Correu todas as bibliotecas do mundo. Achava pedaços. Os braços, as pernas, as mãos geladas. A pele, amarelada de tanto pensar. A boca incansável, que falava demais. O fígado, que já não era mais jovem. O estômago, exigente. Os olhos que não piscavam. O nariz, a que nada passava despercebido. Os cabelos secos e os pés cansados.
Foi catando a si mesmo nas páginas roídas.
Não encontrou os ouvidos. Esses, ninguém escreveu ainda.
Por onde andava, então, as partes se soltavam e as palavras latejavam quando caíam.
Não era bem costurado.
Ele não sabia de alinhavo.
Um ou outro tropeçava nas frases que ele, displiscente, deixava cair no asfalto escuro.
Nunca voltava pra resgatá-las. Na maioria das vezes, nem percebia que tinham caído.
Assim, de pouco em pouco, ele se perdeu, de novo.
Viu mil e um filmes. Os olhos arderam de tanta pesquisa. Nada.
Nenhuma música o fez dançar. Nenhuma. Nada.
Se entorpeceu de diversas formas. Descobriu os piores venenos. Nada.
Se cansou.
Desfaleceu no chão, ensopando a sala com água salgada.
Quando se afogou, abandonado pelo lado de fora, o medo o obrigou a fechar o olhos. Nunca o tinha feito.
Desde então, anda, ele mesmo, construindo suas metades.
Criou ouvidos pra voar. E vôa.
Escolhe as palavras que liberta, e ninguém mais tropeça nelas.
Pisca e se enxerga. Decide e anda.
Resolveu procurar nos livros. "Eu devo estar em algum deles". Correu todas as bibliotecas do mundo. Achava pedaços. Os braços, as pernas, as mãos geladas. A pele, amarelada de tanto pensar. A boca incansável, que falava demais. O fígado, que já não era mais jovem. O estômago, exigente. Os olhos que não piscavam. O nariz, a que nada passava despercebido. Os cabelos secos e os pés cansados.
Foi catando a si mesmo nas páginas roídas.
Não encontrou os ouvidos. Esses, ninguém escreveu ainda.
Por onde andava, então, as partes se soltavam e as palavras latejavam quando caíam.
Não era bem costurado.
Ele não sabia de alinhavo.
Um ou outro tropeçava nas frases que ele, displiscente, deixava cair no asfalto escuro.
Nunca voltava pra resgatá-las. Na maioria das vezes, nem percebia que tinham caído.
Assim, de pouco em pouco, ele se perdeu, de novo.
Viu mil e um filmes. Os olhos arderam de tanta pesquisa. Nada.
Nenhuma música o fez dançar. Nenhuma. Nada.
Se entorpeceu de diversas formas. Descobriu os piores venenos. Nada.
Se cansou.
Desfaleceu no chão, ensopando a sala com água salgada.
Quando se afogou, abandonado pelo lado de fora, o medo o obrigou a fechar o olhos. Nunca o tinha feito.
Desde então, anda, ele mesmo, construindo suas metades.
Criou ouvidos pra voar. E vôa.
Escolhe as palavras que liberta, e ninguém mais tropeça nelas.
Pisca e se enxerga. Decide e anda.
Ele era inquieto. Morria de medo de ser injusto.
Encontrou a justiça na coerência.
Hoje, dorme feito uma pedra.
Acorda e vai tomar sol.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Para os sem-serviço!
www.failblog.org
Depois me contem o que acharam!
CUIDADO: vicia fortemente!!!
Recomendado apenas para o povo à-toa.
Depois me contem o que acharam!
CUIDADO: vicia fortemente!!!
Recomendado apenas para o povo à-toa.
Pra combater os trocadilos
Sentimento consciente, lúcido e ciente.
Formato homem-par.
Eu estou na beira.
Eu estou em todo lugar.
Formato homem-par.
Eu estou na beira.
Eu estou em todo lugar.
Estamira - Desligue o computador e procure saber.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
O que pede o Domingo?
Deitei na grama. Gosto muito.
O sol me inundou os olhos e me queimou com a gentileza do inverno que eu amo tanto.
Me lembrei de um poema de Baudelaire que eu decorei pra aula de francês.
- Eh! Qu'aimes-tu donc, extraordinaire étranger?
- J'aimes les nuages... les nuages qui passent... là-bas, là-bas, les merveilleux nuages!!
Comtinuei deitada, estrangeira, com os cachorros brincando ao redor.
Tinha tempo.
O sol me inundou os olhos e me queimou com a gentileza do inverno que eu amo tanto.
Me lembrei de um poema de Baudelaire que eu decorei pra aula de francês.
- Eh! Qu'aimes-tu donc, extraordinaire étranger?
- J'aimes les nuages... les nuages qui passent... là-bas, là-bas, les merveilleux nuages!!
Comtinuei deitada, estrangeira, com os cachorros brincando ao redor.
Tinha tempo.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Procura-se adjetivos
Sou interessante, dizem.
Quase um projeto de pesquisa.
Um grande estudo de caso.
Um mistério a ser desvendado.
Uma gincana ambulante.
(...)
Queria ser outras coisas.
Porque estudar, cansa.
O mistério, resolvido, perde a graça.
E a gincana...
Ah! Quem gosta de gincana???
Quase um projeto de pesquisa.
Um grande estudo de caso.
Um mistério a ser desvendado.
Uma gincana ambulante.
(...)
Queria ser outras coisas.
Porque estudar, cansa.
O mistério, resolvido, perde a graça.
E a gincana...
Ah! Quem gosta de gincana???
A partir de hoje, vou procurar novos adjetivos pra mim mesma.
Vou escolher a dedo, vocês vão ver.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Sobre me irritar
Que isso fique claro de uma vez, pra que ninguém mais seja pego de surpresa.
EU TENHO PROBLEMAS COM HORÁRIO!!!
Se você marca comigo às 9 eu não vou chegar às 9.
Eu vou chegar cinco pras nove, pra não te deixar esperando.
Aí, tudo bem eu ficar lá fora uns minutinhos.
Mas às 09:01 eu vou te ligar. E se não liguei, pode ter certeza que eu estou com o telefone na mão, remoendo seu atraso e pensando se já é uma boa hora pra começar a implicar.
Se você se atrasar cinco, sete minutos, eu não vou guardar rancores, afinal de contas, eu sou consciente do meu problema.
De oito minutos pra cima, aí nã0, amigo! Em oito minutos eu escovo meus dentes, vejo meus e-mails, brinco com o cachorro ou troco de calça. Eu poderia fazer mil coisas mais divertidas do que te esperar onde quer que seja. E, sim, eu fico pensando no que eu poderia ter feito em vez de ficar alí igual a um 2 de paus.
E, olha, se eu já fui te encontrar naquele lugar antes, eu já calculei exatamente quanto tempo eu gasto pra chegar lá em três possibilidades: (1) com facilitadores, (2) tempo normal e (3) com obstáculos; eu vou sair de onde estou baseada na meteorologia e conhecimentos de trânsito e VOU CHEGAR antes de você!!!
Então, querido, se você tem um horário comigo, pense bem, planeje seu dia e chegue na hora.
Caso contrário, prepare-se pro sorriso mais amarelo da face da Terra!!
Não, eu não vou te xingar, nem resmungar, porque odeio ser a chata reclamona, mas saiba que dentro de mim, na minha cabeça e no meu coração, eu estou fazendo sinais obsenos e te mandando pra casa do c***!!!
Peça desculpas sincera e rapidamente, e venha com uma conversa super interessante (de preferência, engraçada) pra parar este mecanismo e estamos bem, novamente. Mas que isso não se repita, hein??
Tenho dito!!!
EU TENHO PROBLEMAS COM HORÁRIO!!!
Se você marca comigo às 9 eu não vou chegar às 9.
Eu vou chegar cinco pras nove, pra não te deixar esperando.
Aí, tudo bem eu ficar lá fora uns minutinhos.
Mas às 09:01 eu vou te ligar. E se não liguei, pode ter certeza que eu estou com o telefone na mão, remoendo seu atraso e pensando se já é uma boa hora pra começar a implicar.
Se você se atrasar cinco, sete minutos, eu não vou guardar rancores, afinal de contas, eu sou consciente do meu problema.
De oito minutos pra cima, aí nã0, amigo! Em oito minutos eu escovo meus dentes, vejo meus e-mails, brinco com o cachorro ou troco de calça. Eu poderia fazer mil coisas mais divertidas do que te esperar onde quer que seja. E, sim, eu fico pensando no que eu poderia ter feito em vez de ficar alí igual a um 2 de paus.
E, olha, se eu já fui te encontrar naquele lugar antes, eu já calculei exatamente quanto tempo eu gasto pra chegar lá em três possibilidades: (1) com facilitadores, (2) tempo normal e (3) com obstáculos; eu vou sair de onde estou baseada na meteorologia e conhecimentos de trânsito e VOU CHEGAR antes de você!!!
Então, querido, se você tem um horário comigo, pense bem, planeje seu dia e chegue na hora.
Caso contrário, prepare-se pro sorriso mais amarelo da face da Terra!!
Não, eu não vou te xingar, nem resmungar, porque odeio ser a chata reclamona, mas saiba que dentro de mim, na minha cabeça e no meu coração, eu estou fazendo sinais obsenos e te mandando pra casa do c***!!!
Peça desculpas sincera e rapidamente, e venha com uma conversa super interessante (de preferência, engraçada) pra parar este mecanismo e estamos bem, novamente. Mas que isso não se repita, hein??
Tenho dito!!!
Amanhã, tenho análise às 15:00.
Eu fico pensando se um dia ela me liberta.
Sobre o mau humor
É incrível como eu me auto-emputeço (verbo inventado por uma das mentes mais brilhantes do mundo: mamacita).
Minha curiosidade é um vício que me apunhala pelas costas frequentemente.
E hoje ela me mostrou uma solidão tão grande que eu nem quero mais brincar.
De nada.
Minha curiosidade é um vício que me apunhala pelas costas frequentemente.
E hoje ela me mostrou uma solidão tão grande que eu nem quero mais brincar.
De nada.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
domingo, 5 de julho de 2009
Tem dias assim...
Ontem, eu tava de ovo virado. Às vezes eu só vejo o lado feio das coisas.
Me percebi e fui embora de onde estava.
Na volta pra casa, repeti, pra cada reclamação que fazia, um mantra que uma amiga maravilhosa me ensinou:
Entrego. Confio. Aceito. Agradeço.
Hoje, algumas das pessoas que eu mais amo no mundo apareceram sucessivamente, inclusive a própria amiga maravilhosa.
Bons ventos as trazem, sempre.
A vida responde: tá tudo bem!
Me percebi e fui embora de onde estava.
Na volta pra casa, repeti, pra cada reclamação que fazia, um mantra que uma amiga maravilhosa me ensinou:
Entrego. Confio. Aceito. Agradeço.
Hoje, algumas das pessoas que eu mais amo no mundo apareceram sucessivamente, inclusive a própria amiga maravilhosa.
Bons ventos as trazem, sempre.
A vida responde: tá tudo bem!
sábado, 4 de julho de 2009
Tomara que sim.
Depois de uma festa de casamento estrondosa (e, alguns diriam, desastrosa). Incapazes de se mover. Em meio às jujubas voadoras.
- Má, será que nós vamos ser assim pra sempre?
- Assim como?
- Ah... felizes assim, amigos. E bobos, levando tudo na brincadeira, dançando escandalosamente, inventando drinks nojentos, gritando sem necessidade, saindo descalços dos lugares, perdendo telefones, esquecendo as chaves, pregando peças nos outros, engordando em maratonas de filmes e séries estúpidas...
- Não sei...
- (...) Eu ia gostar.
- Eu também. Muito.
- Má, será que nós vamos ser assim pra sempre?
- Assim como?
- Ah... felizes assim, amigos. E bobos, levando tudo na brincadeira, dançando escandalosamente, inventando drinks nojentos, gritando sem necessidade, saindo descalços dos lugares, perdendo telefones, esquecendo as chaves, pregando peças nos outros, engordando em maratonas de filmes e séries estúpidas...
- Não sei...
- (...) Eu ia gostar.
- Eu também. Muito.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
3x4
1) IEL. 10:30. Ele me liga.
- Oi, querido, como você está?
- Meu bem, tô no hospital. Aquele negócio no estômago de novo. Tô te ligando porque só você pra me fazer rir, agora. Vai, me conta um caso!
- EBA!
2) CALI. 17:15. Ela e eu. Ela:
- Formatura no domingo, 9 horas?????? Vê se isso é horário????? Com que roupa se vai nisso????
(...)
- De pijama, tô pensando...
- Hahaha. Você tem resposta pra tudo, né?
3) CALI. 18:35. Ela (outra) e eu. Eu:
- E aí, viu meu santinho no mural?
- Vi sim. Gostei, mas nem precisava da sua foto. Tava na cara que era seu, sua engraçadinha.
É... algumas coisas me definem mesmo!
- Oi, querido, como você está?
- Meu bem, tô no hospital. Aquele negócio no estômago de novo. Tô te ligando porque só você pra me fazer rir, agora. Vai, me conta um caso!
- EBA!
2) CALI. 17:15. Ela e eu. Ela:
- Formatura no domingo, 9 horas?????? Vê se isso é horário????? Com que roupa se vai nisso????
(...)
- De pijama, tô pensando...
- Hahaha. Você tem resposta pra tudo, né?
3) CALI. 18:35. Ela (outra) e eu. Eu:
- E aí, viu meu santinho no mural?
- Vi sim. Gostei, mas nem precisava da sua foto. Tava na cara que era seu, sua engraçadinha.
É... algumas coisas me definem mesmo!
quinta-feira, 2 de julho de 2009
A FACE da terra.
Hoje eu passei lá perto. Fiz zigue-zague pra chegar mais rápido onde eu devia. Atravessei as ruas correndo com o sinal fechado pra mim. Reclamei do sol no morro. Vi as galinhas trançando na frente daquele restaurante da Amazonas. Ouvi os carros buzinando pra carroça que sempre passa pela pista da esquerda, cheia de papelão. Vi as promoções das Lojas Rede. Comprei um bombom no Rei do Chocolate pra comer mais tarde. Fui ao banco. Passei no Mercado Central pra comer um pedaço daqueles abacaxis. O trajeto de sempre, eu diria.
Quis subir a Rua Curitiba e esperar os elevadores que andam de mãos dadas e sobem aos solavancos.
Quis jogar um carteado e apoiar o copo de cerveja na janela enquanto palpitava sobre o jogo de futebol na televisão e no totó.
Quis me desmontar no sofá preto e velho do oitavo andar e tomar o café amargo e frio da tarde.
Estender o colchonete na sala dos bolsistas, atrás da porta, e fazer karaokê com o ipod.
Pescar no Tíbia.
Libertar um guarda chuva perdido do décimo terceiro andar pra que ele encontre seu dono sozinho.
Competir pra ver quem planta o maior pé de feijão na vasculante e jogar bombinhas no piscinão, depois, uma partida de adedanha adicionando a categoria "coisas que se vê no centro...", ou seja, vale tudo.
Ser expulso da biblioteca por estar jogando a tal adedanha na sala de estudos.
Dizer que quem deu a blusa foi "violeta".
TAMAZAR.
Colocar anúncios falsos sobre os amigos pelo prédio.
Tomar vinho e comer pimentinha, tentando fugir dos calouros empapados de tinta guache.
Ser pego fazendo prova em conjunto e ir pro vinagre.
Fazer 'pactos de não estudo' em situação calamitosa e rir até chorar.
E rir de novo.
E rir de novo.
Nem passei na porta.
Nem sei o que virou o prédio.
Isso não importa.
Fica isso tudo aí de cima amarrado no diploma (que eu ainda não sei como a UFMG vai ter coragem de me dar...), dentro do canudinho que vou receber dia 7 de Agosto.
Isso importa.
E exporta (só pra falar que eu aprendi alguma coisa).
Quis subir a Rua Curitiba e esperar os elevadores que andam de mãos dadas e sobem aos solavancos.
Quis jogar um carteado e apoiar o copo de cerveja na janela enquanto palpitava sobre o jogo de futebol na televisão e no totó.
Quis me desmontar no sofá preto e velho do oitavo andar e tomar o café amargo e frio da tarde.
Estender o colchonete na sala dos bolsistas, atrás da porta, e fazer karaokê com o ipod.
Pescar no Tíbia.
Libertar um guarda chuva perdido do décimo terceiro andar pra que ele encontre seu dono sozinho.
Competir pra ver quem planta o maior pé de feijão na vasculante e jogar bombinhas no piscinão, depois, uma partida de adedanha adicionando a categoria "coisas que se vê no centro...", ou seja, vale tudo.
Ser expulso da biblioteca por estar jogando a tal adedanha na sala de estudos.
Dizer que quem deu a blusa foi "violeta".
TAMAZAR.
Colocar anúncios falsos sobre os amigos pelo prédio.
Tomar vinho e comer pimentinha, tentando fugir dos calouros empapados de tinta guache.
Ser pego fazendo prova em conjunto e ir pro vinagre.
Fazer 'pactos de não estudo' em situação calamitosa e rir até chorar.
E rir de novo.
E rir de novo.
Nem passei na porta.
Nem sei o que virou o prédio.
Isso não importa.
Fica isso tudo aí de cima amarrado no diploma (que eu ainda não sei como a UFMG vai ter coragem de me dar...), dentro do canudinho que vou receber dia 7 de Agosto.
Isso importa.
E exporta (só pra falar que eu aprendi alguma coisa).
Los hermanos
Ontem, eu cheguei em casa e ele tava fazendo um brinquedo de madeira. Era uma casinha de castor.
"Não vou pintar, é bobagem. Acho bonito ver a estrutura das coisas. E outra, o negócio, mesmo, é simplificar".
É mais de perto que se vê as semelhanças menos óbvias.
O silêncio dele e a minha diarréia verbal, o skate dele e a minha ioga, a trance dele e meu rock feliz/barango são só camadas da grande cebola que somos.
A raiz é forte. Viemos do mesmo lugar.
E o amor é mais divertido com as implicâncias.
"Não vou pintar, é bobagem. Acho bonito ver a estrutura das coisas. E outra, o negócio, mesmo, é simplificar".
É mais de perto que se vê as semelhanças menos óbvias.
O silêncio dele e a minha diarréia verbal, o skate dele e a minha ioga, a trance dele e meu rock feliz/barango são só camadas da grande cebola que somos.
A raiz é forte. Viemos do mesmo lugar.
E o amor é mais divertido com as implicâncias.
Sem querer, joquei uma praga no meu irmão.
É impressionante como nossos caminhos coincidem, às vezes.
Mas ele vai se sair melhor, vocês vão ver.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Amigo é amigo...
Ele é do tipo valente, engraçado, confiante, carinhoso, bagunçado e bagunceiro. Tem mil amigos, e sempre se esforça pra dar aquela assistência. É o tipo de pessoa na qual se confia a vida. Não fura, não falha. Sempre dá um jeitinho.
Manteiga derretida, chora escondido e tem medo do que vai ser. Erra e se apavora. Perdido, pede conselho. Cansado, desiste.
Levanta e sacode a galera.
Quando a gente se encontra, não há quem não note, ouça ou veja.
Farinha do mesmo saco. Ó sim, farinha do mesmo saco.
À beira de um colapso nervoso, sempre.
Agora, querido, é torcer por nós.
F*...
Sobre minha oferta
Me ofereço totalmente, pra caminhar ao seu lado, em silêncio, sentindo sua dor também.
Pra você, todo o amor do mundo, os abraços mais compridos, as mãos dadas, meus ouvidos, meus pensamentos e todas as minhas rezas, passarinha.
E quando você, toda sol, iluminar aqueles olhos verdes, o mundo vai parar de tanta felicidade.
Amo vocês, queridos.
Muito.
Pra você, todo o amor do mundo, os abraços mais compridos, as mãos dadas, meus ouvidos, meus pensamentos e todas as minhas rezas, passarinha.
E quando você, toda sol, iluminar aqueles olhos verdes, o mundo vai parar de tanta felicidade.
Amo vocês, queridos.
Muito.
domingo, 28 de junho de 2009
Nível Ló!
Meu sol, minha coragem, minha amiga anja, meu irmão adotivo e eu.
Somos uma multidão dançando Jackson 5 sábado à noite.
A gente arrasa, mesmo.
Somos uma multidão dançando Jackson 5 sábado à noite.
A gente arrasa, mesmo.
No castelo
Em volta do sitar, o amor canta mais alto.
PS: Descobri que a andorinha é quase uma Marisa Monte =)
A resposta pra eles.
"She's a woman
You know what I mean
You'd better listen
Listen to me
She's gonna set you free"
She did.
But then he was also free from her.
Now she's trying to free herself.
"Jamais rien trouvé d'aussi dur"
She said.
You know what I mean
You'd better listen
Listen to me
She's gonna set you free"
She did.
But then he was also free from her.
Now she's trying to free herself.
"Jamais rien trouvé d'aussi dur"
She said.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Sapateia!!
Ela, agora, vai se jogar
Na vida
No mundo
Nos livros e filmes que ela se deve
Na cama
Vai dormir
Rir
Ter sossego
Porque acabou.
Ela é economista
E não vai economizar mais nada.
Na vida
No mundo
Nos livros e filmes que ela se deve
Na cama
Vai dormir
Rir
Ter sossego
Porque acabou.
Ela é economista
E não vai economizar mais nada.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Sobre a insônia
Ela acorda. Abre seus olhos de gigante. 00:48.
'Bom, tenho quase seis horas'. Dormindo ou acordada, não importa. Ela já aprendeu que não adianta se afobar.
Ela pensa nas mil coisas pra fazer, refaz a agenda do dia seguinte, do seguinte e do seguinte. Talvez seja melhor manter uma agenda no papel, mesmo.
Ela sempre quis um cachorro que soubesse brincar de bola. Nunca teve. Lamenta e promete que vai ensinar o próximo. Como ele se chamaria? Hum... Henry, mas o irmão não ia gostar. Vai deixar ele escolher, então.
Ela se lembra que está se formando, e que devia ter sensação de fechar um ciclo. Não tem. 'Só vou pagar inteira nos lugares, só isso muda'. E o vestido do baile? Longo, curto, babados, lantejoulas? Não, não, 'Keep it simple'. Vai dançar. Ensaia os passos novos. Escuta as músicas. Vai ser sensacional.
Ela relê o que escreveu e refaz os parágrafos na cabeça. Tem idéias geniais que repete três vezes pra não se esquecer. Anotar seria melhor, claro, mas tá tão frio, não vai sair agora. Está acabando essa falta de paz. Amanhã ganha uma etiqueta nova. Ela queria mesmo?
E se ela tentasse aquela brincadeira nova com os alunos? Não sei se iam gostar... mas ela ia. Deixa pra lá e resolve propor pra eles assim mesmo. Às vezes ela tem umas ondas de egoísmo.
Há conversas interrompidas. Pensa em retomá-las. Diz tudo que acha daquelas histórias todas. Faz as respostas dos outros. Todas as possíveis. E continua a partir de cada uma. Sempre conclui que o melhor é não dizer nada. Não ia adiantar.
Ela jogou a casca de banana onde escorregou, disse sua analista, outro dia. Imagina a cena. Ri. 'Ai, olha a louca, rindo sozinha'. Ri mais. Talvez seja louca mesmo. Que beleza!!
Vai voltar pro yoga e pro espanhol. Vai malhar e ficar gostosa. Vai convencer o amigo a fazer dança de salão com ela. 'Ele topa, com certeza'. Vai ler os livros que estão na lista que só cresce e ver os filmes que está se devendo.
Ela pensa nos amigos que fez e desfez, relacionamentos falidos por ela e por eles. Por que perde-se o interesse?
Já destruiu o coração de várias pessoas, e teve o dela destruído também. São as voltas que a vida dá. Aguarda ansiosamente a próxima. Virá. 'Ô, como eu quero!'
Conversa com o anjo da guarda, ou com qualquer outro responsável, nunca sabe a quem se dirigir. 'Tira essa angústia de mim, me traz sossego'. Ela tá precisando, sabe.
Ela pisca longamente.
Toca o Maracatu Atômico. Ela pula da cama. 'Ai, se esse sono me pega...'. Os olhos de gigante estão encolhidos. Três linhas de olheira.
Noite mal dormida, mas bem sonhada.
Longo dia, longo dia.
'Bom, tenho quase seis horas'. Dormindo ou acordada, não importa. Ela já aprendeu que não adianta se afobar.
Ela pensa nas mil coisas pra fazer, refaz a agenda do dia seguinte, do seguinte e do seguinte. Talvez seja melhor manter uma agenda no papel, mesmo.
Ela sempre quis um cachorro que soubesse brincar de bola. Nunca teve. Lamenta e promete que vai ensinar o próximo. Como ele se chamaria? Hum... Henry, mas o irmão não ia gostar. Vai deixar ele escolher, então.
Ela se lembra que está se formando, e que devia ter sensação de fechar um ciclo. Não tem. 'Só vou pagar inteira nos lugares, só isso muda'. E o vestido do baile? Longo, curto, babados, lantejoulas? Não, não, 'Keep it simple'. Vai dançar. Ensaia os passos novos. Escuta as músicas. Vai ser sensacional.
Ela relê o que escreveu e refaz os parágrafos na cabeça. Tem idéias geniais que repete três vezes pra não se esquecer. Anotar seria melhor, claro, mas tá tão frio, não vai sair agora. Está acabando essa falta de paz. Amanhã ganha uma etiqueta nova. Ela queria mesmo?
E se ela tentasse aquela brincadeira nova com os alunos? Não sei se iam gostar... mas ela ia. Deixa pra lá e resolve propor pra eles assim mesmo. Às vezes ela tem umas ondas de egoísmo.
Há conversas interrompidas. Pensa em retomá-las. Diz tudo que acha daquelas histórias todas. Faz as respostas dos outros. Todas as possíveis. E continua a partir de cada uma. Sempre conclui que o melhor é não dizer nada. Não ia adiantar.
Ela jogou a casca de banana onde escorregou, disse sua analista, outro dia. Imagina a cena. Ri. 'Ai, olha a louca, rindo sozinha'. Ri mais. Talvez seja louca mesmo. Que beleza!!
Vai voltar pro yoga e pro espanhol. Vai malhar e ficar gostosa. Vai convencer o amigo a fazer dança de salão com ela. 'Ele topa, com certeza'. Vai ler os livros que estão na lista que só cresce e ver os filmes que está se devendo.
Ela pensa nos amigos que fez e desfez, relacionamentos falidos por ela e por eles. Por que perde-se o interesse?
Já destruiu o coração de várias pessoas, e teve o dela destruído também. São as voltas que a vida dá. Aguarda ansiosamente a próxima. Virá. 'Ô, como eu quero!'
Conversa com o anjo da guarda, ou com qualquer outro responsável, nunca sabe a quem se dirigir. 'Tira essa angústia de mim, me traz sossego'. Ela tá precisando, sabe.
Ela pisca longamente.
Toca o Maracatu Atômico. Ela pula da cama. 'Ai, se esse sono me pega...'. Os olhos de gigante estão encolhidos. Três linhas de olheira.
Noite mal dormida, mas bem sonhada.
Longo dia, longo dia.
domingo, 21 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Boom-dadadadadada
"And we're slow to acknowledge the knots and the laces
Heart it races
And we go back to where we moved out to the places
Heart it races"
Heart it races
And we go back to where we moved out to the places
Heart it races"
Architecture in Helsinki
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Na varanda.
Na tentativa da abraçar o mundo
A gente nada raso.
Nunca mergulha.
Nunca afunda.
E isso não tem graça nenhuma.
Prefiro abraçar pessoas.
Pulo de ponta.
Splash!!!
Pulamos de mãos dadas. Vamos cantar lá no fundo.
A gente nada raso.
Nunca mergulha.
Nunca afunda.
E isso não tem graça nenhuma.
Prefiro abraçar pessoas.
Pulo de ponta.
Splash!!!
Pulamos de mãos dadas. Vamos cantar lá no fundo.
(Para o Ló e sua piscina)
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Sobre enxergar
Nada melhor nesse mundo que rever os amigos de infância pra ver o que realmente importa.
Brindemos, queridos, a nós, sempre!!!
Brindemos, queridos, a nós, sempre!!!
domingo, 14 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
Sobre o exercício do desapego
Minha 'alma linda' cumpriu o papel de despertar, nele, o amor de novo.
No meu 'big coração maravilhoso', caberia ele inteiro.
O bonito, agora, é vê-lo de amor novo.
É chamar minha fortaleza
E dançar.
Mesmo com o coração pequenininho.
Mesmo com a alma azul.
No meu 'big coração maravilhoso', caberia ele inteiro.
O bonito, agora, é vê-lo de amor novo.
É chamar minha fortaleza
E dançar.
Mesmo com o coração pequenininho.
Mesmo com a alma azul.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
sábado, 6 de junho de 2009
A (d)evolução das coisas
A porta bateu atrás do outro.
Ele ficou sozinho, nu e encolhido, na sala vazia com a luz recém-apagada.
Chorou.
Parou.
Levantou-se.
Acendeu a luz.
Havia a estante, o livro novo, no chão, e as roupas antigas.
Queria as coloridas, mas tinham levado embora.
Deixaram só o bege.
Fez pirraça.
Vestiu.
Sorriu com um certo esforço.
Deixou o livro no chão
E foi brincar.
De repente, o bonito ficou feio.
E ele não quer ler mais, não.
Ele ficou sozinho, nu e encolhido, na sala vazia com a luz recém-apagada.
Chorou.
Parou.
Levantou-se.
Acendeu a luz.
Havia a estante, o livro novo, no chão, e as roupas antigas.
Queria as coloridas, mas tinham levado embora.
Deixaram só o bege.
Fez pirraça.
Vestiu.
Sorriu com um certo esforço.
Deixou o livro no chão
E foi brincar.
De repente, o bonito ficou feio.
E ele não quer ler mais, não.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Não é por nada não...
Mas tem dias que eu quero mais é mandar quem deve pro inferno!!
Pro CENTRO do inferno!!!!!!!
Pra Praça Sete do inferno!!!!!
Em cima do Pirulito do inferno!!!!!!!
Pro CENTRO do inferno!!!!!!!
Pra Praça Sete do inferno!!!!!
Em cima do Pirulito do inferno!!!!!!!
quinta-feira, 4 de junho de 2009
De costas pra ela (olhando meus próprios pés)
- Então, é esse meu inconsciente retardado, que só enxerga os extremos, que me ferra! Eu preciso mudar meus processos, mas como se sai desse ciclo?
- Olha, tem uma frase do Pedro Bial que eu gosto muito: Liberdade é conhecer os cordéis que nos manipulam...
- Ok, conheço. os meus. Mas... não sei... e isso quem sabe são vocês aí, ó: a gente muda o nosso subconsciente ou apenas o "adestra"?
- (...) Pára casa. Pra você e pra mim. Talvez eu não saiba responder essa pergunta.
- A-HA!!! Eu sabia que esse dia chegaria!!
- Marcela, chega, até quarta que vem!!
- Olha, tem uma frase do Pedro Bial que eu gosto muito: Liberdade é conhecer os cordéis que nos manipulam...
- Ok, conheço. os meus. Mas... não sei... e isso quem sabe são vocês aí, ó: a gente muda o nosso subconsciente ou apenas o "adestra"?
- (...) Pára casa. Pra você e pra mim. Talvez eu não saiba responder essa pergunta.
- A-HA!!! Eu sabia que esse dia chegaria!!
- Marcela, chega, até quarta que vem!!
quarta-feira, 3 de junho de 2009
terça-feira, 2 de junho de 2009
Resposta
É bicho,
É perigoso,
É bonito,
É monstro,
É louco,
É mau,
É plasta,
É confuso,
É bom,
É pintor,
É poeta,
É largado,
É sozinho.
(dizem)
É NADA!!!!
É o que quiser ser,
Quando descobrir
Que pode escolher.
É perigoso,
É bonito,
É monstro,
É louco,
É mau,
É plasta,
É confuso,
É bom,
É pintor,
É poeta,
É largado,
É sozinho.
(dizem)
É NADA!!!!
É o que quiser ser,
Quando descobrir
Que pode escolher.
Nos intervalos
Ela - que é linda e não sabe - dança, fala, canta e ri. Dia a dia. Muito, muito. E vai arrastado essa tristezinha no fundo dos olhos. Todo mundo faz igual.
Assim, a gente segue trabalhando na casa rosa.
Assim, a gente segue trabalhando na casa rosa.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
À mais linda.
Hoje, ela me escreveu. Amor em olhos verdes e ondas loiras. Amor que toca flauta.
Ah, minha menina, você é fada demais (mesmo)!!
Ah, minha menina, você é fada demais (mesmo)!!
Pra ser feliz pra sempre.
Um dia desses, um me disse não existir amor. Existir paixão, apenas, e que amor é invenção dos acomodados.
Nesse mesmo dia, outro me disse já tê-lo descoberto. Já conhecer sua cara.
Que prepotência, a deles.
Eu acredito nele. Sempre e muito. Sem face alguma e, ao mesmo tempo, tantas.
Nele como o bom em mim. Como o que ofereço e mostro.
Sorriso, olhar, mãos dadas, chá na varanda, foto. Mangas verdes que adoço.
Data no quadro, colo e beijinho.
Com elas, com eles, com todos.
Ele muda, pois muda o que ofereço.
Fortaleza, dor, alegria, saudade, raiva, amizade, paixão, tesão, perdão.
Mas permanece. Com a cara que eu der.
Em mim e por mim.
Pra elas. Pra eles. Pra todos.
(e não há razões pra terminar)
Nesse mesmo dia, outro me disse já tê-lo descoberto. Já conhecer sua cara.
Que prepotência, a deles.
Eu acredito nele. Sempre e muito. Sem face alguma e, ao mesmo tempo, tantas.
Nele como o bom em mim. Como o que ofereço e mostro.
Sorriso, olhar, mãos dadas, chá na varanda, foto. Mangas verdes que adoço.
Data no quadro, colo e beijinho.
Com elas, com eles, com todos.
Ele muda, pois muda o que ofereço.
Fortaleza, dor, alegria, saudade, raiva, amizade, paixão, tesão, perdão.
Mas permanece. Com a cara que eu der.
Em mim e por mim.
Pra elas. Pra eles. Pra todos.
(e não há razões pra terminar)
domingo, 31 de maio de 2009
Pra começar
Pensei em colocar uma mensagem mega estilosa e bombástica pra inaugurar o blog:
Voltei a escrever.
Voltei a escrever.
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