quinta-feira, 30 de julho de 2009

Regressiva

De acordo com a hipótese das expectativas racionais, as previsões dos agentes econômicos não são enviesadas e baseiam-se em toda a informação disponível.

Com as minhas informações disponíveis sobre este fim de semana, minhas expectativas estão mais pra irracionais, eu diria.

O economês se encaixa e se desencaixa na minha vida.
Às vezes, eu curto essa minha profissão.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Ativo e passivo

Mudando de pato pra ganso, vou, então, fazer um balanço do mês de julho.

Tenho:
Uma unha a menos, arrancada por um golpe brutal de salto agulha, mas, qual é o problema? Ainda tenho 19!

Dores musculares, resultado da colclusão do último post, baseadas em inferências de vários outros posts, livros e filmes.

Um caco de vidro enfiado no pé esquerdo, resultado de diversos shots de tequila e da consequente (e inconsequente) decisão de ficar descalça.

Um celular a mais, pertencente a uma louca frenética, também resultado do abuso do álcool.

Gírias novas: 'Coraaage' e 'Lê', roubadas de um outro louco frenético.

Diversas fotos comprometedoras, que me fazem concluir que talvez seja hora de slow down a bit.

Um par de óculos escuros a menos: perdido no carro do 'melhor do Chile'!!

Créditos de horas e horas de sono: dá-le passiflora, gente (recomendo)!!!

Uma amiga mega ultra feliz e um professor de espanhol (EBA!).

O carro a menos: 15 dias a pé.

Um cachorro com conjuntivite.

Um pote de colágeno em pó sabor tangerina: o redutor de apetite das estrelas!!!

Um esmalte pink, pros momentos difíceis.

Um rímel super luxo à prova d'água, para os eventos da formatura.

E etecéteras, que nunca podem faltar!


Eu estava MESMO precisando de férias.

Sobre o tapa na cara

A gente sempre acha que deixa algo nas pessoas.
Que impressiona, que faz pensar, que faz enxergar, que faz gostar.

Mas, como diria minha mãe, vó, bisavó, e todo mundo que é esperto na vida:
Coração dos outros é terra que ninguém pisa.

E quando o vice-versa não vale,
Quando você não tem mais nome nos livros,
E recebe os créditos de pano de fundo
É que você pensa:

Melhor malhar e tratar de ficar gostosa!!!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Adoecendo

Na minha respiração mora um assovio, hoje.
E eu volto a ser criança.
Nebulisador e tudo.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Prenez soin de vous

'Let's go' - said she
'Not so far' - said he
'What's too far?' - said she
'Where you are' - said he.

Chiara Cortez - pra Sofia Colle.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

It's a shit hole!

Um filme recomendado pelo amigo 'Narcotango' me fez desejar que lá fora chovesse e que as ruas escorregarias me fizessem andar olhando pro chão.
Que minha pele ficasse amarela por conta do céu, sempre cinza.
Que a Rue Saint Gilles estivesse lotada. Que uma fornada de baquettes tivessem acabado de sair no GB e que eu pegasse uma fila imensa por conta delas.
Que o cheiro de pizza do restaurante do primeiro andar invadisse meu quarto e me fizesse uma fome dos demônios.
Que eu atravessasse a ponte do Meuse pra ouvir histórias de Goiânia e que o frio me cortasse as bochechas.
Que me dormissem os dedos, o que me impediria de responder as mensagens que recebesse.
Que o Gordinho fizesse purê de batatas e contasse histórias sobre seu vizinho mafioso.
Que me ligassem do Celtic bar, pra tomar uma Duvel, ou uma Chimay blonde.
Que a fumaça dos cigarros me engasgasse e que eu trocasse os gêneros das palavras e as conjugações dos verbos.
Que alguém me corrigisse e que eu morresse de vergonha.
Que houvesse uma Soirée de l'ESN no Point de Vue, com as mesmas músicas cansativas de ontem e que, como sempre, eu não soubesse como cheguei em casa.
Que fosse dia de faxina e a Nico e a Nadège decaparecessem, me matando de raiva e deixando tudo pra mim, de novo. Não teria problema. Rádio no talo e luva amarela nas mãos. A casa ficaria um brinco.
Que amanhã fosse quinta feira, e eu tivesse planos de viagem.
Sei pra onde iria.
Acordaria cedo, pegaria o trem das 08:05 com meu Go Pass e, em duas horas, estaria 'In fucking Bruges'! Compraria chocolates na ruazinha principal, andaria de barquinho, subiria os 700 degraus da torre e me perderia no meio da neblina gelada que me faria gripar no outro dia, com certeza.

Afinal de contas, por que é que alguém vai à Bélgica???

domingo, 19 de julho de 2009

Pra quem nunca mais me viu

Qualquer dia, por quaquer coisa, a gente vai se encontrar.
Vou te dar o mais longo dos abraços.

Vamos trocar elogios, falar do tempo, do trânsito e do quão bem estão as nossas famílias.
Você terá descoberto mil bandas, filmes e seriados novos.
Vai me recomendar várias coisas que eu vou ouvir e ver. Você sempre acerta, mesmo.
Eu vou te contar sobre lugares e livros.
Vou anotar num papelzinho nomes de cervejas pra você provar.
Vou perguntar pelos seus amigos e você, pelos meus.
Você vai querer saber se os meninos cuidam bem de mim. Eles cuidam.
E vou perguntar se você anda comendo direito e se tá dormindo na hora certa.
Não pras duas perguntas, já sei.
Vamos ficar sem assunto.
Mais elogios.
Outro abraço.
'Bom te ver'. 'Você também'. 'Manda um abraço pra todo mundo lá'.
E coisa e tal.

Vamos virar as costas e desejar nunca nos ver de novo.


Um dia ainda te peço desculpas por tudo.
Ainda te digo que tudo seria mais fácil se fosse você naquela história.
A gente daria conta, eu sei.
E você seria maravilhoso e atencioso, como sempre.

(...)Mas tudo na vida perde a validade.

E é como você mesmo disse,
"Aquela coisa né, Má, a gente foi do caralho!!"




Oh, yeah, baby!
;)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sobre despertar

Quando ele afundava a cabeça pesada sobre o travasseiro, não conseguia pensar em outra coisa. A noite o engolia com uma quase intimação ao devaneio e ele procurava referências, padrões ou métodos. Nunca os encontrava.

Resolveu procurar nos livros. "Eu devo estar em algum deles". Correu todas as bibliotecas do mundo. Achava pedaços. Os braços, as pernas, as mãos geladas. A pele, amarelada de tanto pensar. A boca incansável, que falava demais. O fígado, que já não era mais jovem. O estômago, exigente. Os olhos que não piscavam. O nariz, a que nada passava despercebido. Os cabelos secos e os pés cansados.
Foi catando a si mesmo nas páginas roídas.
Não encontrou os ouvidos. Esses, ninguém escreveu ainda.
Por onde andava, então, as partes se soltavam e as palavras latejavam quando caíam.
Não era bem costurado.
Ele não sabia de alinhavo.
Um ou outro tropeçava nas frases que ele, displiscente, deixava cair no asfalto escuro.
Nunca voltava pra resgatá-las. Na maioria das vezes, nem percebia que tinham caído.

Assim, de pouco em pouco, ele se perdeu, de novo.
Viu mil e um filmes. Os olhos arderam de tanta pesquisa. Nada.
Nenhuma música o fez dançar. Nenhuma. Nada.
Se entorpeceu de diversas formas. Descobriu os piores venenos. Nada.

Se cansou.

Desfaleceu no chão, ensopando a sala com água salgada.
Quando se afogou, abandonado pelo lado de fora, o medo o obrigou a fechar o olhos. Nunca o tinha feito.

Desde então, anda, ele mesmo, construindo suas metades.
Criou ouvidos pra voar. E vôa.
Escolhe as palavras que liberta, e ninguém mais tropeça nelas.
Pisca e se enxerga. Decide e anda.






Ele era inquieto. Morria de medo de ser injusto.
Encontrou a justiça na coerência.
Hoje, dorme feito uma pedra.
Acorda e vai tomar sol.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Para os sem-serviço!

www.failblog.org

Depois me contem o que acharam!

CUIDADO: vicia fortemente!!!
Recomendado apenas para o povo à-toa.

Pra combater os trocadilos

Sentimento consciente, lúcido e ciente.


Formato homem-par.

Eu estou na beira.
Eu estou em todo lugar.

Estamira - Desligue o computador e procure saber.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O que pede o Domingo?

Deitei na grama. Gosto muito.
O sol me inundou os olhos e me queimou com a gentileza do inverno que eu amo tanto.
Me lembrei de um poema de Baudelaire que eu decorei pra aula de francês.


- Eh! Qu'aimes-tu donc, extraordinaire étranger?
- J'aimes les nuages... les nuages qui passent... là-bas, là-bas, les merveilleux nuages!!


Comtinuei deitada, estrangeira, com os cachorros brincando ao redor.
Tinha tempo.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Procura-se adjetivos

Sou interessante, dizem.
Quase um projeto de pesquisa.
Um grande estudo de caso.
Um mistério a ser desvendado.
Uma gincana ambulante.

(...)
Queria ser outras coisas.

Porque estudar, cansa.
O mistério, resolvido, perde a graça.
E a gincana...

Ah! Quem gosta de gincana???



A partir de hoje, vou procurar novos adjetivos pra mim mesma.
Vou escolher a dedo, vocês vão ver.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Sobre me irritar

Que isso fique claro de uma vez, pra que ninguém mais seja pego de surpresa.

EU TENHO PROBLEMAS COM HORÁRIO!!!
Se você marca comigo às 9 eu não vou chegar às 9.

Eu vou chegar cinco pras nove, pra não te deixar esperando.

Aí, tudo bem eu ficar lá fora uns minutinhos.

Mas às 09:01 eu vou te ligar. E se não liguei, pode ter certeza que eu estou com o telefone na mão, remoendo seu atraso e pensando se já é uma boa hora pra começar a implicar.
Se você se atrasar cinco, sete minutos, eu não vou guardar rancores, afinal de contas, eu sou consciente do meu problema.

De oito minutos pra cima, aí nã0, amigo! Em oito minutos eu escovo meus dentes, vejo meus e-mails, brinco com o cachorro ou troco de calça. Eu poderia fazer mil coisas mais divertidas do que te esperar onde quer que seja. E, sim, eu fico pensando no que eu poderia ter feito em vez de ficar alí igual a um 2 de paus.

E, olha, se eu já fui te encontrar naquele lugar antes, eu já calculei exatamente quanto tempo eu gasto pra chegar lá em três possibilidades: (1) com facilitadores, (2) tempo normal e (3) com obstáculos; eu vou sair de onde estou baseada na meteorologia e conhecimentos de trânsito e VOU CHEGAR antes de você!!!

Então, querido, se você tem um horário comigo, pense bem, planeje seu dia e chegue na hora.
Caso contrário, prepare-se pro sorriso mais amarelo da face da Terra!!

Não, eu não vou te xingar, nem resmungar, porque odeio ser a chata reclamona, mas saiba que dentro de mim, na minha cabeça e no meu coração, eu estou fazendo sinais obsenos e te mandando pra casa do c***!!!

Peça desculpas sincera e rapidamente, e venha com uma conversa super interessante (de preferência, engraçada) pra parar este mecanismo e estamos bem, novamente. Mas que isso não se repita, hein??

Tenho dito!!!




Amanhã, tenho análise às 15:00.
Eu fico pensando se um dia ela me liberta.

Sobre o mau humor

É incrível como eu me auto-emputeço (verbo inventado por uma das mentes mais brilhantes do mundo: mamacita).

Minha curiosidade é um vício que me apunhala pelas costas frequentemente.

E hoje ela me mostrou uma solidão tão grande que eu nem quero mais brincar.
De nada.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Sobre ser aérea

Olhei pela janela e o céu tava tão azul!
Nú, que susto!!!

domingo, 5 de julho de 2009

Tem dias assim...

Ontem, eu tava de ovo virado. Às vezes eu só vejo o lado feio das coisas.
Me percebi e fui embora de onde estava.

Na volta pra casa, repeti, pra cada reclamação que fazia, um mantra que uma amiga maravilhosa me ensinou:
Entrego. Confio. Aceito. Agradeço.

Hoje, algumas das pessoas que eu mais amo no mundo apareceram sucessivamente, inclusive a própria amiga maravilhosa.

Bons ventos as trazem, sempre.

A vida responde: tá tudo bem!

sábado, 4 de julho de 2009

Tomara que sim.

Depois de uma festa de casamento estrondosa (e, alguns diriam, desastrosa). Incapazes de se mover. Em meio às jujubas voadoras.

- Má, será que nós vamos ser assim pra sempre?
- Assim como?
- Ah... felizes assim, amigos. E bobos, levando tudo na brincadeira, dançando escandalosamente, inventando drinks nojentos, gritando sem necessidade, saindo descalços dos lugares, perdendo telefones, esquecendo as chaves, pregando peças nos outros, engordando em maratonas de filmes e séries estúpidas...
- Não sei...
- (...) Eu ia gostar.
- Eu também. Muito.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

3x4

1) IEL. 10:30. Ele me liga.
- Oi, querido, como você está?
- Meu bem, tô no hospital. Aquele negócio no estômago de novo. Tô te ligando porque só você pra me fazer rir, agora. Vai, me conta um caso!
- EBA!

2) CALI. 17:15. Ela e eu. Ela:
- Formatura no domingo, 9 horas?????? Vê se isso é horário????? Com que roupa se vai nisso????
(...)
- De pijama, tô pensando...
- Hahaha. Você tem resposta pra tudo, né?

3) CALI. 18:35. Ela (outra) e eu. Eu:
- E aí, viu meu santinho no mural?
- Vi sim. Gostei, mas nem precisava da sua foto. Tava na cara que era seu, sua engraçadinha.


É... algumas coisas me definem mesmo!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A FACE da terra.

Hoje eu passei lá perto. Fiz zigue-zague pra chegar mais rápido onde eu devia. Atravessei as ruas correndo com o sinal fechado pra mim. Reclamei do sol no morro. Vi as galinhas trançando na frente daquele restaurante da Amazonas. Ouvi os carros buzinando pra carroça que sempre passa pela pista da esquerda, cheia de papelão. Vi as promoções das Lojas Rede. Comprei um bombom no Rei do Chocolate pra comer mais tarde. Fui ao banco. Passei no Mercado Central pra comer um pedaço daqueles abacaxis. O trajeto de sempre, eu diria.

Quis subir a Rua Curitiba e esperar os elevadores que andam de mãos dadas e sobem aos solavancos.
Quis jogar um carteado e apoiar o copo de cerveja na janela enquanto palpitava sobre o jogo de futebol na televisão e no totó.
Quis me desmontar no sofá preto e velho do oitavo andar e tomar o café amargo e frio da tarde.
Estender o colchonete na sala dos bolsistas, atrás da porta, e fazer karaokê com o ipod.
Pescar no Tíbia.
Libertar um guarda chuva perdido do décimo terceiro andar pra que ele encontre seu dono sozinho.
Competir pra ver quem planta o maior pé de feijão na vasculante e jogar bombinhas no piscinão, depois, uma partida de adedanha adicionando a categoria "coisas que se vê no centro...", ou seja, vale tudo.
Ser expulso da biblioteca por estar jogando a tal adedanha na sala de estudos.
Dizer que quem deu a blusa foi "violeta".
TAMAZAR.
Colocar anúncios falsos sobre os amigos pelo prédio.
Tomar vinho e comer pimentinha, tentando fugir dos calouros empapados de tinta guache.
Ser pego fazendo prova em conjunto e ir pro vinagre.
Fazer 'pactos de não estudo' em situação calamitosa e rir até chorar.
E rir de novo.
E rir de novo.

Nem passei na porta.
Nem sei o que virou o prédio.
Isso não importa.

Fica isso tudo aí de cima amarrado no diploma (que eu ainda não sei como a UFMG vai ter coragem de me dar...), dentro do canudinho que vou receber dia 7 de Agosto.
Isso importa.
E exporta (só pra falar que eu aprendi alguma coisa).

Los hermanos

Ontem, eu cheguei em casa e ele tava fazendo um brinquedo de madeira. Era uma casinha de castor.
"Não vou pintar, é bobagem. Acho bonito ver a estrutura das coisas. E outra, o negócio, mesmo, é simplificar".

É mais de perto que se vê as semelhanças menos óbvias.

O silêncio dele e a minha diarréia verbal, o skate dele e a minha ioga, a trance dele e meu rock feliz/barango são só camadas da grande cebola que somos.

A raiz é forte. Viemos do mesmo lugar.
E o amor é mais divertido com as implicâncias.



Sem querer, joquei uma praga no meu irmão.
É impressionante como nossos caminhos coincidem, às vezes.
Mas ele vai se sair melhor, vocês vão ver.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Amigo é amigo...

Ele é do tipo valente, engraçado, confiante, carinhoso, bagunçado e bagunceiro. Tem mil amigos, e sempre se esforça pra dar aquela assistência. É o tipo de pessoa na qual se confia a vida. Não fura, não falha. Sempre dá um jeitinho.
Manteiga derretida, chora escondido e tem medo do que vai ser. Erra e se apavora. Perdido, pede conselho. Cansado, desiste.
Levanta e sacode a galera.
Quando a gente se encontra, não há quem não note, ouça ou veja.
Farinha do mesmo saco. Ó sim, farinha do mesmo saco.



À beira de um colapso nervoso, sempre.
Agora, querido, é torcer por nós.
F*...

Sobre minha oferta

Me ofereço totalmente, pra caminhar ao seu lado, em silêncio, sentindo sua dor também.

Pra você, todo o amor do mundo, os abraços mais compridos, as mãos dadas, meus ouvidos, meus pensamentos e todas as minhas rezas, passarinha.

E quando você, toda sol, iluminar aqueles olhos verdes, o mundo vai parar de tanta felicidade.

Amo vocês, queridos.
Muito.