sábado, 30 de janeiro de 2010

O gringo

Eu e o ele, espremidos no fundo de uma van num calor de 38 graus por nove horas, voltando de Montes Claros depois de um baile de arromba de um amigo também de arromba.
Ele, com um sotaque texano dos infernos, eu, dois dias sem dormir e com as pernas inchadas por causa da viagem.
Ele, triste e desiludido porque ela o tinha xingado. Eu sentindo que ia entrar em combustão espontânea a qualquer momento e num mau-humor que só vendo.
Os dois saltando alturas incríveis a cada quebra-mola que o motorista-psicopata-que-não-queria-parar-pra-nada não via.

De alguma maneira, quando chegamos, ficou aquela sensação de "mas já?".


A gente tem assunto...


Ele faz uma das pessoas que eu mais amo nesse mundo, feliz.
Gosto dele.

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