terça-feira, 27 de outubro de 2009

Show do intervalo

Ando sem ter o que contar, esses dias...
Ou sem tempo de escrever o que eu deveria contar...

Vou voltar, vocês vão ver.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Pra gostar de ler

Queridos e queridas,
aqui vão dicas ótimas de blog pra quem se interessa pelas ditaduras latino-americanas, cinema e gente:

Valsa do Suplício
Leitura Resistência
Cinema Esquema

Um beijo e um queijo (hoje, canastra, bem salgadinho, do jeito que eu gosto).

Sábado no Santa Tereza...

O sujeito chega andando pra trás. Tropeça.

'Ó, a única maneira de encontrar o buraco é com o pé, né?'

Sim... Melhor mantê-los no chão sempre.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Um banho

Às vezes, chove mais dentro que fora...

Alguém conhece uma sombrinha que resolva?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Replay

Esse feriado eu recebi uns e-mails maravilhosos e resolvi postar, de novo, um texto que escrevi em Junho...

Pra ser feliz pra sempre

Um dia desses, um me disse não existir amor. Existir paixão, apenas, e que o amor é invenção dos acomodados.
Nesse mesmo dia, outro me disse já tê-lo descoberto. Já conhecer sua cara.
Que prepotência, a deles.

Eu acredito nele. Sempre e muito. Sem face alguma e, ao mesmo tempo, tantas.
Nele como o bom em mim. Como o que ofereço e mostro.
Sorriso, olhar, mãos dadas, chá na varanda, foto. Mangas verdes que adoço.
Data no quadro, colo e beijinho.
Com elas, com eles, com todos.

Ele muda, pois muda o que ofereço.
Fortaleza, dor, alegria, saudade, raiva, amizade, paixão, tesão, perdão.

Mas permanece. Com a cara que eu der.
Em mim e por mim.
Pra elas. Pra eles. Pra todos.

(e não há razões pra terminar)



aos dois que mandaram poesia
amor de muito.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sobre o que é bom

Desde pequena, quando ele voltava de viagem, ele trazia uma caixinha de chocolates belgas pra mim.
Eram lindos, tinham forma de chonchas do mar, mesclados de branco e preto. Mármore de delícia.
Perfeitos. 'Os melhores do mundo', ele dizia.
E deviam ser mesmo. Era impossível que fizessem algo mais gostoso que aquilo.

Comia uma conchinha por dia.
Desligava o som e a televisão. Só prestava atenção no sabor.
Dava micromordidas, pra durar mais tempo.
Percebia todas as nuances. Tudo.

Em maio de 2006 eu recebi a notícia que eu iria pra Bélgica no ano seguinte.
Pensei: quando eu chegar, vou comprar uma caixa e vou encher a boca daqueles chocolates maravilhosos, sujar os dentes, me lambuzar. De gula. De desaforo. De tudo.

Cheguei. Fui à uma Chocolatérie e comprei um saquinho. Fui pra casa levando ouro no bolso. Fiz o prometido.
Êxtase! Era a coisa mais deliciosa que eu já tinha feito. Ele todo derreteu e grudou no céu da minha boca.
Que ousadia, a minha! Comer aquela preciosidade toda de uma vez.
Me achei radical. Foi fantástico.
Dia bom.

Semana passada, ele voltou da Bélgica e trouxe uma caixinha de chocolates pra mim.
Desliguei o som e a TV. Dei micromordidas com os olhos fechados...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sobre o xuxu frenético.

Amizade se contrói no silêncio confortável.
No abraço que não sei se devo, mas fica subentendido.

Eu enxergo sua voz preocupada e ouço seus olhos cheios d'água.
Coisa de quem vive demais (você. eu não. sou mais a calma).

É no seu corpo cansado que o medo repousa, aí o tempo faz graça.
Slow down, darling, slow down.
Você passa rápido demais.

Na ausência do Fast Foward, pause.
Na ausência de métodos, descanse.
No excesso de informação, feche os olhos.

E na falta do que fazer, conversemos!


PS: esforço pra usar o imperativo...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Sobre enxergar (2)

Às vezes parece que alguém me ouve, e responde como pode.
Havia tempos que não ouvia Bjork. Ela foi uma musa na minha meninice e o nonsense dela andou meio fora de contexto.
Mas, como ando adolescendo de novo, ela veio me cantar sobre minha desesperança no amor romântico. Nos outros não. Vejo e sinto. Mas desse eu me percebo ausente.

Acho que ando meio desconfiada.
É isso. Desconfiada.

Bom, sem mais delongas, vai a letra de 'All is Full of Love', e o clip que, como todos os outros da Björk, vale a pena assistir.

You've been given love
You've been taken care of.
You've been given love
You have to trust it.

Maybe not from the sources
You've have poured yours.
Maybe not from the directions
You are staring at.

Twist your head arround
It's all around you
All is ful of love
All around you.

All is full of love
You just ain't receiving
Your phone is off the hook
Your doors are all shut.
All is full of love!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vida de Amélie (1)

A gente não faz a menor idéia do impacto que tem na vida das pessoas.

Um dia desses, eu tava assistindo TV à tarde, quando a campainha aqui de casa tocou.

Era ele, na chuva.

Veio me entregar uma caixinha com chocolates, um colar de pimenta, um sapinho e um cartão.

No cartão, ele disse que eu o faço muito bem, que ele queria adoçar minha vida, que, um dia, eu encontraria meu príncipe e que, mesmo imperfeito, esse príncipe me faria feliz.

Na verdade ele queria que eu não soubesse que era dele. Queria ser um admirador secreto. Sempre quis um. Aí eu dei o azar de atender a porta.

Pois então, querido admirador pseudo-secreto, você fez meu sábado e, sim, adoçou bastante aquela chuvinha insistente.

Às vezes, tenho dias azedos. Também às vezes, anjos batem na minha porta.

A gente não faz a menor idéia do impacto que tem na vida das pessoas.

=)